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segunda-feira, 12/05/2025

Última entrevista da ministra Cida reforça lutas

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Ainda na condição de titular do Ministério das Mulheres, Cida Gonçalves falou à Agência Sindical no Ato Unitário do Dia do Trabalhador, em 1º de Maio, na Praça Campo de Bagatelle, Zona Norte de São Paulo.

Em entrevista ao jornalista João Franzin, ela falou sobre sua atuação na Pasta e abordou temas como o combate ao feminicídio e a luta por igualdade salarial entre homens e mulheres.

Principais trechos:

Igualdade – “Nós precisamos ter igualdade salarial, com critérios remuneratórios que nos coloquem em lugares de chefia e que nos garantam condições de igualdade no mundo do trabalho. E precisamos estar vivas pra ocupar esses lugares. Essas duas pautas, ou seja, combate ao feminicídio e igualdade salarial, estão interligadas”

Avanços – “Quando o Presidente Lula me chamou pra assumir a Pasta das Mulheres, ele elegeu como prioridade a igualdade salarial entre homens e mulheres. Aprovamos a Lei da Igualdade (14.611/23) e já fizemos grandes avanços nesse tema. O terceiro Relatório de Transparência Salarial, em abril, mostra que a desigualdade salarial entre homens e mulheres continua (20,9%), mas também traz dados positivos. Aumentou o número de empresas em que a desigualdade é de 5%. Subiu o número de empresas que contratam mulheres negras e indígenas. Isso mostra que a luta feminina está valendo a pena. Legislação e governo comprometido com igualdade salarial fazem a diferença no País”.

Iniciativas – “Realizamos uma mobilização nacional pra dizer “Feminicídio Zero”. A sociedade não pode tolerar casos de feminicídio e violência contra a mulher. Também implantamos políticas públicas como a Casa da Mulher Brasileira. Já há 17 em funcionamento, 16 em construção e 19 em implementação. Serão inaugurados 21 novos Centros de Referência este ano. Estamos implantando o Salas Lilás (espaços de acolhimento e atendimento à mulher vítima de violência) em parceria com as Pastas da Saúde e Segurança Pública, pra garantir atendimento a mulheres. Reestruturamos o 180, telefone gratuito que pode ser acionado 24 horas por dia, caso alguém queira pedir informação, orientação ou denunciar casos de violência contra a mulher”.

Sindicalismo – “Temos diálogo com as Centrais. Pensamos em intensificar junto aos sindicalistas idas pra conversar com trabalhadores e trabalhadoras nas fábricas, buscando fazer esse debate sobre a igualdade salarial entre homens e mulheres. A igualdade aumenta o PIB, gera lucro às empresas e eleva a produtividade. Ela traz melhor condição de igualdade entre homens e mulheres. Isso é democracia, e estamos lutando por um Brasil democrático. É importante que o sindicalismo, que tanto luta por democracia, justiça e igualdade de salário, esteja junto com a gente nessa caminhada.”

MAIS – Sites da CUT, Força Sindical, UGT, CTB, CSB e Nova Central.

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