14.7 C
São Paulo
terça-feira, 26/08/2025

Atos no 1º de Maio – João Guilherme Vargas Neto

Data:

Compartilhe:

As comemorações do 1º de Maio – Dia do Trabalhador ou Dia do Trabalho – são as únicas com abrangência mundial (exceto nos Estados Unidos) como nos tem lembrado José Luiz del Roio (saúde! saúde!).

Aqui no Brasil há uma tradição mais que secular e nos últimos anos o 1º de Maio tem sido comemorado com a organização de manifestações do movimento sindical, unitárias ou não, reivindicatórias ou festivas, todas tendo como eixo a pauta dos trabalhadores e das trabalhadoras.

Basta que lembremos as multidões que compareceram ao Campo de Bagatelle nos eventos promovidos pela Força Sindical em anos sucessivos.

Neste ano de 2024 em que o 1º de Maio cairá numa quarta-feira, o movimento sindical, suas direções e seus ativistas devem começar desde agora a se preocupar com a organização dessas comemorações que exigem discussões prévias para garantir a unidade e elaborar uma pauta, com planejamento efetivo levando-se em conta as dificuldades financeiras por que passa o movimento sindical.

Sugiro que, ao invés de um ato único, que tradicionalmente ocorre em São Paulo, sejam organizados também vários atos regionais e estaduais com o mesmo empenho unitário e estruturados a partir de uma única pauta. Sem subestimar a grandiosidade do ato paulista (que merece ser alcançada), a descentralização seria um esforço orgânico para aquilo que tenho chamado de “subida às bases” e enraizamento das comemorações na vivência local do movimento.

A conjuntura econômica, social e política favorável garante essa possibilidade e pode ser mais bem aproveitada com esse modelo descentralizado, unitário e mais próximo do dia a dia dos trabalhadores e das trabalhadoras.

João Guilherme Vargas Neto, Consultor de diversas entidades sindicais de trabalhadores.

Conteúdo Relacionado

O Brasil da distorção social: o pobre que alimenta o rico – Eusébio Neto

A implementação de políticas públicas voltadas para a redução das desigualdades sociais não é suficiente para sanar a disparidade que divide a classe trabalhadora...

Democracia não é baderna – Josinaldo José de Barros (Cabeça)

Não faz muito tempo, a maior preocupação dos pais nas grandes cidades era ver seus filhos nas ruas. Na rua, há sempre o perigo...

Tarefas e tarifas – João Guilherme Vargas Netto

Um mandamento médico dos antigos dizia que o primeiro cuidado era o de não prejudicar o paciente.Esse é um mandamento que deveria ser seguido...

Para que servem os sindicatos no século XXI? – Clemente Ganz Lúcio

Há múltiplas transformações que promovem transições das realidades econômica, social, política e cultural e que impactam a vida presente e futura da classe trabalhadora...

Acordos já assinados evidenciam importância da representação dos engenheiros – Murilo Pinheiro

A dedicação e o empenho do SEESP têm culminado em resultados favoráveis nas campanhas salariais deste ano. É fundamental a união e mobilização dos...