Economista e professor, Antonio Corrêa de Lacerda é membro do Grupo de Transição. Com outras 30 pessoas, ele integra o GT dos Economistas. Eles tratam de reformatar a Pasta do Planejamento, prestigiada no Estado brasileiro, principalmente em governos progressistas.
O professor, que o preside o Conselho Federal de Economia, falou à Agência Sindical. “O relatório de nosso Grupo vai indicar propostas relativas a Planejamento, Orçamento e Gestão”, informa. Segundo Corrêa, voluntário do GT (sem renumeração, como muitos outros), “equipes de técnicos nos fornecem dados e informes apurados por Servidores, assessores parlamentares e outros profissionais”.
Para o presidente do Cofecon, “a tarefa principal é redesenhar um Ministério do Planejamento forte e qualificado. Guedes juntou tudo na Economia, inclusive indústria, comércio e restos do Ministério do Trabalho”, critica, alertando que “formatar um novo Planejamento, com funções clássicas, não é fazer repeteco até porque o mundo teve mudanças geopolíticas, tecnológicas e outras. A visão de Estado tem que ser diferente”.
O primeiro conjunto de propostas será entregue até 30 de novembro. O estudo final, até 7 de dezembro. O professor observa que “transição não é governo”, embora o objetivo seja definir um novo arcabouço fiscal a ser tratado com o Congresso, a partir de janeiro.
Para Corrêa de Lacerda, o setor privado terá sua relevância. Mas o GT busca, ele diz, “é o resgate do Estado no planejamento nacional, com secretarias específicas, além de estrutura e pessoal”. Corrêa cita como referência, nesse sentido, “práticas de países como Alemanha e China”.
Espírito – Segundo o professor, os grupos e técnicos que trabalham na transição demonstram engajamento e entusiasmo ante os desafios da transição.
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