Na sexta (25), o Sindicato dos Comerciários de São Paulo e a UGT participaram da terceira mobilização mundial Black Friday – Make Amazon Pay Day. A ação teve o objetivo de chamar a atenção para os desrespeitos trabalhistas, sociais e ambientais provocados pela Amazon.
Segundo denunciam os dirigentes, a Amazon explora os trabalhadores com jornadas excessivas e, mesmo com lucros recordes, que giram em torno de US$ 121 bilhões somente no segundo semestre de 2022, os salários são extremamente baixos. A empresa também é acusada de exercer forte política antissindical.
Já na questão social, a empresa deixa de pagar impostos e, sob a desculpa de gerar empregos, recebe créditos fiscais, o que prejudica comunidades inteiras. Na parte ambiental, a denúncia é de que as emissões de carbono da corporação aumentaram 18% em 2021.
“Vivemos um momento da nossa sociedade em que já podemos discutir a responsabilidade social e ambiental no universo empresarial. Isso não significa que a empresa vai deixar de ser capitalista ou abrir mão de seu lucro. Pelo contrário, é uma forma de ganhar mais sem degradar ou desmerecer as pessoas que contribuem para o fortalecimento da marca”, critica Maria das Graças Silva Reis, dirigente dos Comerciários de SP.
A sindicalista afirma que, por conta do ambiente globalizado, quando uma empresa valoriza seus funcionários, a pessoa trabalha melhor e rende mais pra girar a engrenagem da economia local. “O que é fundamental para a própria empresa, que acaba vendendo mais e, consequentemente, lucrando mais. É um efeito cascata ligada a um circuito fechado”, explica Maria.
Ato – Ocorreu em todo o mundo, por iniciativa da UNI Global Union, federação sindical com afiliados em 150 países e representando cerca de 20 milhões de trabalhadores.
MAIS – Sites dos Comerciários de SP e da UGT.