O Brasil ingressa no mês de setembro registrando mais de 580 mil mortes pela Covid-19 e imerso numa grave crise social, política e institucional. A crise tem nome: Jair Bolsonaro.
A cada dia mais desmoralizado e isolado politicamente, o presidente está perdendo agora o apoio de poderosos setores da burguesia, ligados ao agronegócio, ao sistema financeiro e à indústria.
São apologistas e beneficiários da política neoliberal que apoiaram o golpe de 2016 e a eleição do líder da extrema direita em 2018. Mas estão assustados com os rumos dos acontecimentos políticos e o conflito entre os três poderes da República, que tem o dom de ampliar as incertezas e a instabilidade da economia.
Bolsonaro reage ao crescente isolamento, que se traduz também no avanço da rejeição popular ao governo, dobrando as apostas no golpe e as ameaças contra a democracia.
Os atos convocados pelos bolsonaristas para 7 de setembro têm explicitado esta orientação e deixaram em estado de alerta ministros do STF, governadores, senadores, prefeitos e diversas organizações da sociedade civil, que repudiaram energicamente a conduta golpista do presidente e da corja neofascista.
Não é prudente subestimar a extrema direita e seu mito. Mas os fatos sugerem que as bravatas golpistas não têm correspondência com a força social e política efetiva do bolsonarismo neste momento.
Traduzem, além das intenções insanas, o desespero do chefe do Palácio do Planalto. Ele chegou ao ponto de declarar que o futuro lhe reserva “prisão, morte ou vitória”. A última e mais improvável das hipóteses (vitória) seria a concretização do golpe anunciado para 7 de setembro.
Em macabra harmonia com as declarações tresloucadas e golpistas de Bolsonaro multiplicam-se os problemas sociais e econômicos da nação.
A fome ronda o lar de dezenas de milhões de brasileiras e brasileiros, o desemprego flagela mais de 20 milhões de pessoas, a carestia castiga os mais pobres, empresas estrangeiras batem em retirada ou intensificam as remessas de lucros para fora em detrimento dos investimentos internos, cresce o risco de apagões, a destruição do meio ambiente prossegue em ritmo acelerado.
Mais de 580 mil mortos consolidam o Brasil na posição de vice-campeão mundial no fúnebre ranking mundial dos óbitos causados pela pandemia. Esta condição desonrosa e centenas de milhares de mortes poderiam ser evitadas se o país não fosse governado por um genocida que a ele impôs uma política sanitária desorientada pela corrupção e o negacionismo.
O presidente conduz o drama político nacional para o impasse entre o golpe e o impeachment. Nesta conjuntura, cabe à militância da CTB intensificar a mobilização e conscientização das bases para alavancar a campanha nacional Fora Bolsonaro.
Mais alto que os ruídos golpistas dos bolsonaristas há de soar no Grito dos Excluídos e Excluídas deste 7 de setembro o clamor pela solução que interessa à maioria do povo brasileiro: Fora Bolsonaro.
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