31 C
São Paulo
segunda-feira, 20/01/2025

A precarização do trabalho disfarçada de autonomia – Por Eusébio Pinto Neto

Data:

Compartilhe:

A retirada de direitos trabalhistas nos governos de Temer e Bolsonaro, a falta de investimento na cadeia produtiva e o avanço da tecnologia contribuíram para a precarização da mão de obra no Brasil. Nos últimos anos, houve uma verdadeira campanha contra o trabalho formal, o que fez com que a informalidade crescesse, mascarada de empreendedorismo. O subemprego no país remonta ao tempo da escravidão.

Enquanto o governo Lula estuda regulamentar o trabalho por aplicativo, a pressão aumenta para barrar a formalização. A Amobitec, associação que representa os principais aplicativos de mobilidade, realizou uma pesquisa para traçar o perfil desses autônomos. A maioria é composta por homens, com idade média de 30 anos, da classe C, com baixa escolaridade e que se autodeclaram pretos e pardos. Mais de 1,6 milhão de pessoas trabalham sem direitos e proteção. Muitas pessoas migraram para os aplicativos por falta de alternativa de trabalho.

online pharmacy buy zoloft no prescription pharmacy

A estagnação dos salários também empurrou trabalhadores celetistas para o bico nos aplicativos.

Sem direitos trabalhistas e previdenciários, com jornadas exaustivas — que incluem atividades nos fins de semana — esses brasileiros se viram para sustentar suas famílias. Estão expostos e se arriscam diariamente, mas, ainda assim, declararam que preferem continuar trabalhando por conta própria. A pesquisa não mostra a realidade, tanto que os sindicatos de motoboys defendem o reconhecimento da relação de emprego.

online pharmacy buy symbicort no prescription pharmacy

Além do vínculo formal, esses trabalhadores têm cobrado aumentos nos valores mínimos e regras mais claras para bloqueios.

Esse grupo de empresas virtuais, em geral sediadas no exterior, obtém lucros exorbitantes, sem qualquer custo ou risco para o negócio. Há um interesse em glamorizar a mão de obra precarizada. Precisamos tirar a venda dos olhos, para ter uma visão mais clara do jogo do capital. Quando ocorrem acidentes ou doenças, esses trabalhadores ficam desamparados.

online pharmacy buy trazodone no prescription pharmacy

Os acidentes envolvendo motos, em vias e rodovias de todo país, são crescentes e representam mais de 40% das mortes no trânsito.

Há os que defendem uma terceira via regulatória para resolver as disputas entre empresas de tecnologia e seus trabalhadores. A via humana é o trabalho formal, com salário digno. Não podemos aceitar a precarização do trabalho disfarçada de autonomia.

Por Eusébio Pinto Neto. Presidente da Fenepospetro e do Sinpospetro-RJ

Conteúdo Relacionado

O mito de os militares como “reserva moral” do Brasil – Marcos Verlaine

A Nova República, cujo início se deu em 1985, redemocratizou o Brasil e enterrou a ditadura civil-militar-empresarial, que durou 21 anos — 1964-1995 —...

Reforma agrária urgente! – Josinaldo José de Barros (Cabeça)

O Brasil tem área de 8.510.000 quilômetros quadrados. Nossa dimensão é continental. Aqui tem terra pra todos. Pelo menos, deveria ter.Mas não é o...

IBGE traz dados sobre complexidade do mercado de trabalho no Brasil – Nivaldo Santana

Encontra-se disponível para os interessados estudo do IBGE com informações sobre a realidade social do Brasil. A publicação, de 2024, recebeu o título de...

O PIX e a “mãe de todas as batalhas”: a da comunicação – Marcos Verlaine

A batalha da comunicação, neste momento histórico, é a “mãe de todas as batalhas”. Ou o governo e o pensamento progressista entendem isso, de...

Chamado ao Sindicalismo – Antonio Rogério Magri

(Unidade e poder histórico!) (AINDA ESTOU AQUI)O Movimento Sindical brasileiro tem mais de um século de história, marcado por conquistas que transformaram as condições de...