Conforme é do conhecimento de todos, o Brasil investe apenas 1,2% do PIB em ciência, tecnologia e inovação, enquanto a maioria dos países investe entre 2 e 5% no setor.
Este investimento vem sofrendo uma queda significativa nestes últimos seis anos, conforme matéria publicada pelos reitores das universidades UNESP, UNICAMP e USP recentemente.
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Não é segredo para ninguém que o atual presidente da República não tem interesse em fazer investimentos em tecnologia – um sinal desse desinteresse foi a Medida Provisória MP 1.136/22, encaminhada no final de agosto para o Congresso, que fragiliza ainda mais o setor e pode comprometer o futuro das pesquisas no país. Além de ser naturalmente lamentável, contraria o que prometeu o próprio Jair Bolsonaro durante sua campanha eleitoral, quando disse que ia elevar os investimentos em ciência e tecnologia a 3% de nosso PIB.
Em abril de 2019, antes mesmo de completar cem dias do governo, o presidente contingenciava recursos do setor de pesquisas e tecnologia e, agora, com essa MP 1.136/22, pretende cortar recursos no valor de dois bilhões de reais até o ano de 2026, limitando ainda mais os investimentos.
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Portanto, qualquer propaganda do candidato Jair Bolsonaro e seus aliados sobre defender investimentos em ciência, tecnologia, ciência e inovação é no mínimo contraditória, pois o passado e presente deste governo condenam e contradiz quaisquer promessas nesse sentido.
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Artur Bueno de Camargo – presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins CNTA Afins
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