A primeira Conferência Nacional das Classes Trabalhadoras (Conclat) ocorreu em 1981, na ditadura, nuna conjuntura de desemprego, arrocho e desgaste crescente do regime.
Em 2010, aconteceu a segunda Conclat, numa fase de crescimento da economia, do emprego e da renda. O ambiente, no governo Lula, propiciou uma Conferência na ofensiva, com pauta inclusiva e desenvolvimentista.
Em 7 de abril, haverá a terceira e mais dramática Conclat, sob governo de extrema direita, recessão, desemprego, arrocho, ataques a direitos e Sindicatos exauridos financeiramente.
A ideia, portanto, é definir uma pauta defensiva e ao mesmo tempo na ofensiva, incluindo também a luta pela vacina e a defesa da vida.
Quem é do meio sindical conhece o grau de desorientação a que chegamos e as dificuldades de organizar um evento de peso ainda nas bordas de uma pandemia.
De todo modo, é preciso fazer a Conclat, buscando construir uma plataforma da classe trabalhadora em meio à dura disputa eleitoral na qual nosso campo tentará tirar do poder a extrema direita neoliberal.
Dois cuidados: Criar meios de participação que garantam representatividade e diversidade ao movimento. Engajar os setores não-filiados a Centrais.
Duas cautelas: Evitar a imposição das pequenas hegemonias. Escapar da armadilha eleitoreira, que é sempre partidarizada (Sindicato é Sindicato, partido é partido, como bem define nossa Constituição).
Duas necessidades: Dar volume, regularidade e densidade ao evento nas redes sociais – antes, durante e depois. Fazer com que a pauta aprovada na Conferência se apresente nas campanhas salariais das categorias já a partir do 1º de Maio.
Portanto, tarefa dura.
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