É fato que o agradecimento a todos, mesmos aos silentes, que oraram pela minha recuperação, fez a diferença. Entretanto, quero apenas dizer que, acima de tudo, o amadurecimento de meus atos foi lapidado artisticamente.
Bastaram 30 dias de isolamento físico – quer seja presencial ou por meios que hoje a tecnologia nos apresenta – para notar no nosso íntimo que nada mudou.
Não é a tecnologia que nos afasta das pessoas, com formas e meios de comunicação cada vez mais simples de dominar. Esse domínio talvez esteja no isolamento que o próprio ser humano busca para satisfazer seu orgulho ou ego.
Confesso que procurei não viver esses extremos, mas o que amealhei nesses dias de clausura foram ensinamentos profundos de desapego, de compaixão, amor ao próximo e principalmente o acolhimento.
Não sou afeito a filosofar ou, a partir dessa fase, achar que a dor que passei, pelos momentos clínicos que vivi e ainda terei que viver, o ser humano passou a me compreender melhor. Não foi isso que busquei, muito menos teria a coragem de tornar-me vítima de uma situação, para ser melhor compreendido.
É fato que o agradecimento a todos, mesmos aos silentes, que oraram pela minha recuperação, fez a diferença. Entretanto, quero apenas dizer que, acima de tudo, o amadurecimento de meus atos foi lapidado artisticamente.
Meus familiares, alguns que não encontrava há anos, se reaproximaram. Amigos criaram correntes de orações, banhos de energia e tantos simbolismos, que forças chegaram de todos os lados.
Grato a todos que evitaram me ligar. Aprendi que: “ouvir sem estar ao lado, aumenta a dor”.
É fato que minha vida virou de cabeça para baixo. Meus funcionários, alguns inclusive sem receber seus salários, nunca deixaram de me acompanhar com carinho, visitas, bilhetes e muita oração. Meu agradecimento a todos. Não sei como, mas, tão logo tenha condições de retomar, tudo será sanado.
Sem falar dos médicos, enfermeiras, trabalhadores da saúde em geral que me acolheram, tanto da Fundação Antônio e Helena Zerrenner ou da Fundação Alemã Oswaldo Cruz, dando-me o consolo necessário à vida e a alma.
Quero que saibam, inclusive os mais insensíveis, que retorno mais disposto e forte. Tudo que vivi me deu novo ânimo de vida e pedindo que Deus abençoe a todos e que em breve estarei pronto para retornar às atividades normais.
Professor Oswaldo Augusto de Barros
Coordenador do FST – CNTEEC – FEPAAE
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