As mulheres têm razão – Josinaldo José de Barros (Cabeça)

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Na sexta, dia 14, o Departamento Feminino do Sindicato realiza outro importante Encontro de Mulheres. Embora o evento seja aberto a todos os interessados, o esforço das companheiras do Departamento é garantir a presença máxima de metalúrgicas das fábricas.
Desde a semana passada, as diretoras Roseli, Márcia, Raquel e Delma têm levado convite às empresas e também distribuído nas fábricas o boletim alusivo ao Março Mulher. Vários dos nossos diretores participam da distribuição.
Os temas do Encontro são os seguintes:
1) Combate à violência, contra o feminicídio e repúdio ao machismo, bem como aos assédios;
2) Igualdade salarial e de oportunidades à mulher nas empresas, cumprindo-se a lei apresentada pelo Presidente Lula, e aprovada no Congresso, ano passado.
Palestra – Falará à audiência em nosso auditório, no quinto andar, a doutora Rosemary Corrêa ou Delegada Rose. Ela dirigiu a primeira Delegacia da Mulher no Brasil e até hoje é uma autoridade quando se trata de defender os direitos das mulheres.
O encontro será aberto com um café da manhã, às 8 horas. Ao final do evento, serão sorteados kits de beleza, que agradam muito as companheiras.
No final da semana, o Dieese divulgou recente estudo sobre as condições salariais e de trabalho da mulher – a discriminação continua, infelizmente. Quanto à trabalhadora negra, as condições são muito piores. Esse importante estudo pode ser acessado no site www.dieese.org.br
Nosso Sindicato estimula a participação feminina na vida sindical, cívica e política do País. Mas os espaços conquistados são ainda modestos. Lembro que a mulher é maioria na população e também no eleitorado. Portanto, avançar e ter mais espaços de poder deveria ser algo natural.
 
Feminicídio – Dia 9, Lei do Feminicídio completou 10 anos. A lei foi sancionada pela Presidente Dilma, inserindo no Código Penal o crime de homicídio contra mulheres no contexto de violência doméstica e de discriminação. Em outubro último, Lula sancionou a Lei 14.994/24, ampliando a pena para os criminosos. A punição, que variava entre 12 a 30 anos de cadeia, passou para mínimo de 20 e máximo de 40 anos.
Pelo que pude ler e assistir, percebi que este 8 de Março (Dia Internacional da Mulher) teve grande atos pelo mundo. Mas me surpreendeu a violência com que a polícia alemã reprimiu em Berlin um ato feminino. Em São Paulo, aconteceu um ato forte na Avenida Paulista, sem repressão, mostrando que o Estado de Direito vigora em nosso País.
Respeito e dignidade para as mulheres não é só bandeira feminista. É dever de todo país democrático, de todo cidadão decente e de toda a sociedade que deseja um mundo onde haja paz, justiça e fraternidade.
As mulheres vão à luta e vão à luta com razão.
Josinaldo José de Barros (Cabeça), presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região.