Na manhã desta segunda, 30, a Assembleia Legislativa do Estado de SP realiza Audiência Pública pra discutir abusos e práticas antissindicais da JBS. Iniciativa da CNTA e da Contac, apoio da deputada estadual Bebel (PT).
Ministério Público do Trabalho e Dieese também vão participar. Objetivo é expor práticas abusivas, a fim de sensibilizar autoridades e a sociedade para a importância de se garantir trabalho decente no setor de alimentação.
Artur Bueno de Camargo, presidente da CNTA, afirma: “A JBS é um grupo muito difícil de se lidar, pois não realiza negociações unificadas por Estado. Isso enfraquece a negociação coletiva. A JBS é parâmetro dos problemas da categoria em todo o País”. Empresa tem 300 mil empregados.
O grupo JBS cresceu quase 30% em 2024, com uma receita líquida que ultrapassou os R$ 100 bilhões. No entanto, pratica salários abaixo do mercado, negando-se a firmar Convenções Coletivas de Trabalho com ganhos reais de salário e com Participação nos Lucros e/ou Resultados. Esse será um dos temas da Audiência na Alesp.
Setor – Pesquisa divulgada quarta (25) pelo IBGE mostra que o setor de alimentação foi aquele que mais contratou entre 2019 e 2023. No período, setor gerou 373,8 mil novos empregos, somando 2 milhões de trabalhadores.
O presidente da CNTA celebra esses números, mas entende que eles não estão sendo revertidos em benefícios e dignidade para os trabalhadores. Ele diz: “A valorização do trabalhador não está crescendo na mesma proporção que o lucro dos empresários. Ganhos reais, redução da jornada e fim da escala 6×1 são pautas que encontram dificuldade para avançar. Por isso é importante conscientizar a sociedade sobre este tema”, afirma.




