Categoria fundamental para as populações urbanas, os trabalhadores no setor de panificação têm obtido aumentos reais de salário, seja em Convenção ou por meio de acordos coletivos.
Francisco Pereira de Sousa Filho (Chiquinho), presidente do Sindicato dos Padeiros de São Paulo e Região (UGT), falou à Agência Sindical. Ele informa: “Fechamos o acordo geral para nossa base no ABC com 2,8% acima da inflação. Além disso, temos avançado em acordos por empresa. Nesses casos, os aumentos variam de 2,8% até 8%”.
Para o segmento no ABC, a data-base é 1º de junho. Na Capital e demais bases, novembro é a data-base e o Sindicato já adota providências para início da campanha salarial. Chiquinho antecipa: “Estamos fazendo uma leitura apurada da Convenção Coletiva de Trabalho, a fim de aprimorar as cláusulas ou mudar algo que já esteja superado”.
Mulheres – A categoria hoje é 65% feminina. Chiquinho valoriza um item do acordo que garante o fornecimento de absorventes pelas empresas. O dirigente chama essa conquista de “dignidade menstrual”, lembrando que o fornecimento gratuito de absorvente, para mulheres mais pobres, foi negado pelo governo anterior.
A cláusula, segundo o presidente dos Padeiros, “teve enorme receptividade entre as mulheres e nos alegra ver que os trabalhadores também apoiaram essa conquista”. O dirigente lembra que, em várias partes do País, “garotas adolescentes faltam às aulas por não ter segurança quanto à menstruação”.
Assembleia – Até final de agosto, o Sindicato dos Padeiros deve realizar assembleia de definição da pauta de reivindicações com vistas à data-base de novembro.
Conjuntura – Quanto à situação nacional, Chiquinho Pereira está otimista. Ele considera que a herança bolsonarista será superada. “O Brasil vai melhorar e nós queremos ver o trabalhador recuperar seu poder de compra e a dignidade para sua família”.
MAIS – Acesse o site do Sindicato dos Padeiros ou da UGT.