Levantamento da Fundação Getúlio Vargas (FGV), com base em dados de pesquisas do IBGE, mostra que o fim do Auxílio Emergencial de R$ 600,00 levou cerca de 27 milhões de pessoas à extrema pobreza. Esse montante equivale a 12,8% da população brasileira.

Diante disso, o Congresso Nacional promulgou a Emenda Constitucional 109, que teve origem na PEC 186 (Emergencial), e vai viabilizar o pagamento de um novo Auxílio, sem valor definido – mas, ao que tudo indica, será na faixa dos R$ 150,00. Para isso se concretizar, porém, os salários de Servidores Públicos serão congelados por 15 anos.

Segundo o vice-presidente da CUT, Vagner Freitas, o fim do benefício e a demora para a aprovação de um novo Emergencial, com um valor bem abaixo do que foi pago em 2020, são perversidades do governo. “Bolsonaro não tem compromisso com os pobres. Seu compromisso é manter a fortuna dos ricos”, critica o dirigente.

Pobreza – Para o economista Francisco Menezes, o fim do pagamento do Auxílio Emergencial em dezembro impactou não só na pobreza da população, mas no combate à crise sanitária. Ele diz: “O que aconteceu e está acontecendo é uma completa irresponsabilidade da presidência e do Congresso, que deixaram acabar o Auxílio em 31 de dezembro. Não se marca data pra acabar com a calamidade”.

Centrais – As Centrais Sindicais se uniram e definiram uma pauta de atuação dia 5 de janeiro. Dentre as reivindicações, as principais bandeiras defendidas pelas entidades é a vacinação imediata para toda a população, o pagamento do Auxílio Emergencial de R$ 600,00 até o fim da pandemia e uma política de manutenção e geração de empregos.

MAIS – Acesse o site da CUT.