19.3 C
São Paulo
sábado, 19/04/2025

Bancários se mobilizam no País e cobram a Fenaban

Data:

Compartilhe:

O Comando Nacional dos Bancários realiza nesta terça (13) a sétima rodada de negociações com a Fenaban. A presidente do Sindicato de SP, Neiva Ribeiro, falou com exclusividade à Agência Sindical. Ela destaca as mobilizações nas agências de todo o País no Dia Nacional de Luta. Ela diz: “A categoria quer respostas concretas dos bancos na Mesa de amanhã”.

O mote é “se tem lucro, tem que ter valorização”. Nas redes sociais, os bancários usarão a hashtag #JuntosPorValorização, marcando a Contraf-CUT.

Os bancos mais poderosos do País pagam remuneração média anual de R$ 9 milhões a suas diretorias, mas reclamam que o mercado “não está fácil”. De 2003 a 2023, o lucro líquido dos maiores bancos no Brasil cresceu 169% acima da inflação.

Um e-mail foi enviado às entidades sindicais, com materiais para as ações de mobilização. Neiva confirmou que o Comando apresentará pauta com as “questões concretas” que incluem as seguintes reivindicações:

  • aumento salarial real, acima da inflação, em percentual de 5%, assim como
    melhora em PLR, VA/VR e remunerações como auxílio creche e babá;
  • Saúde e condições de trabalho, o que inclui atenção e medidas contra o adoecimento dos trabalhadores e trabalhadoras;
  • Combate ao assédio moral e sexual;
  • Direito às pessoas com deficiência (PCDs) e neurodivergentes;
  • igualdade de oportunidade e igualdade salarial, entre gênero e raça, além de contratações por cotas;
  • Mais mulheres na área da TI;
  • Oportunidades para profissionais transexuais, com objetivo de diminuir a vulnerabilidade social desse grupo.

Adoecimento – A dirigente enfatiza que as metas abusivas exigidas dos trabalhadores pelos bancos causam adoecimento de caráter físico e mental. “Ao mesmo tempo em que impõem metas, os bancos vêm diminuindo os postos de trabalho para diminuir o custo do atendimento e aumentar a rentabilidade na venda de seus produtos e alcançar as metas.”

Segundo Neiva Ribeiro, cerca de um terço dos trabalhadores da categoria usa remédios controlados em decorrência de problemas de saúde, provocados pelas condições de trabalho.

MAISContraf/CUT e Sindicato dos Bancários de SP.

Conteúdo Relacionado

Comerciários coletam assinaturas contra 6×1

Desde fevereiro, o Sindicato dos Comerciários de São Paulo está nas ruas pelo fim da escala 6x1. Mobilização é permanente e acontece em pontos...

Murilo aponta prioridades dos Engenheiros

A chapa “Trabalho-Integração-Compromisso” saiu consagrada das eleições no Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo, que terminaram dia 9. A diretoria encabeçada pelo...

Vitória da greve no Sesi

Após meses de negociações e greve forte, professores e professoras da rede Sesi encerraram com vitória a Campanha Salarial. Assembleia estadual terça, dia 15,...

Quem pagar mais não ficará sem funcionários

O dirigente comerciário paulista, Ricardo Patah, está otimista quanto ao emprego no País. Ele também preside a UGT Nacional.Segundo o Novo Caged, o Brasil...

Maior Federação completa 86 anos

Luiz Carlos Motta, presidente da entidade, publica números, dados e iniciativas sobre as dimensões da maior Federação de trabalhadores do setor privado da América...