21.7 C
São Paulo
sábado, 15/03/2025

Campanhas contra a carestia – Vargas Netto

Data:

Compartilhe:

“Combater a carestia e promover a segurança alimentar, com adoção de medidas para redução dos preços da cesta básica de alimentos; fortalecimento da agricultura familiar; recuperação da capacidade operativa da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) e da formação de estoques reguladores; e retomada das políticas de aquisição de alimentos.”

Se as quantidades são diferentes a sua média é maior ou menor do que algumas delas.

Este acacianismo ilustra bem as condições para o estabelecimento da Pauta Unitária da classe trabalhadora resultante da colaboração de inúmeras entidades, dirigentes e ativistas sindicais.

É o que tem acontecido em sua elaboração pela comissão organizadora da Conclat 2022; há diferenças, mas não divergências.

O importante – chego a dizer, o decisivo – é que as diversas e variadas intervenções apontem o rumo unitário de resistência e mudança, contemplando os eixos temáticos Emprego, Direitos, Democracia e Vida.

A vontade coletiva da classe trabalhadora, sintetizada na pauta nacional, além de ser enraizada na vida cotidiana como reivindicações, deve levar as direções sindicais (que a produziram) a desenvolver possíveis ações imediatas para sua efetivação em campanhas de massa como consequência da reunião do dia 7 de abril.

Dentre as 12 medidas emergenciais apresentadas na proposta de pauta, destaco a de número quatro:

“Combater a carestia e promover a segurança alimentar, com adoção de medidas para redução dos preços da cesta básica; fortalecimento da agricultura familiar; recuperação da capacidade operativa da Conab e da formação de estoques reguladores; e retomada das políticas de aquisição de alimentos.”

O combate à carestia deve se materializar em amplas campanhas de mobilização imediata dos trabalhadores e das trabalhadoras contra a fome e o aumento dos preços dos alimentos. Nessas campanhas, em cada entidade, as mulheres trabalhadoras podem ter o protagonismo da ação, associada também à solidariedade material a quem tem fome ou passa necessidades.

Camponesas, professoras, bancárias, comerciárias, telefônicas, metalúrgicas e outras trabalhadoras, organizadas pelos Sindicatos em conjunto ou em ações sindicais de cada categoria, podem começar esse processo, que, a acreditar na experiência histórica e na garra das mulheres, se transformará em um amplo movimento social que dará vida – nesta questão decisiva – à pauta nacional da classe trabalhadora.

João Guilherme Vargas Netto – Consultor sindical e membro do Diap.

Clique aqui e leia mais opiniões de Vargas Netto

João Guilherme
João Guilherme
Consultor sindical e membro do Diap. E-mail joguvane@uol.co.br

Conteúdo Relacionado

Significado da escolha de Gleisi para SRI – Antônio de Queiroz

A indicação da deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR) para a SRI (Secretaria de Relações Institucionais) da Presidência da República representa decisão estratégica do governo, alinhada...

As mulheres têm razão – Josinaldo José de Barros (Cabeça)

Na sexta, dia 14, o Departamento Feminino do Sindicato realiza outro importante Encontro de Mulheres. Embora o evento seja aberto a todos os interessados,...

Dia das mulheres – João Guilherme Vargas Netto

No dia 8 de março de 1975, um sábado, o deputado Alberto Goldman, do MDB e comunista, leu na Assembleia Legislativa a Carta de...

Planos impagáveis

Atualmente, os Planos de Saúde no Brasil são inacessíveis para a maioria da população. Muitas vezes, o que é vendido como um “Plano de...

Segue a batalha imprescindível por igualdade de gênero – Murilo Pinheiro

O SEESP tem compromisso inequívoco com mais mulheres na engenharia, não só para fazer justiça, mas também porque o País precisa da contribuição dessas...