No próximo domingo (11/12), é dia de comemorar a importância desses quadros técnicos essenciais ao desenvolvimento e ao bem-estar da população. Fundamental é assegurar-lhes oportunidades para que atuem, assim como as devidas condições de trabalho, incluindo remuneração justa.
Profissão ligada por natureza ao desenvolvimento e às melhorias das condições de vida, a engenharia engendra o futuro e tem como tarefa oferecer soluções inovadoras aos mais complexos problemas. Em suas diversas modalidades e titulações, é o ofício que propicia, por exemplo, segurança, bem-estar, economia de recursos e preservação ambiental.
E nunca é demais repetir: a engenharia está em toda parte, fazendo funcionar a nossa vida cotidiana. Na construção de nossas casas, nas ruas, avenidas, pontes, viadutos, na água e saneamento, na energia, na internet que permite o acesso a este texto e em muito mais.
Por tudo isso, é fundamental celebrar o profissional que abraça esse compromisso com a sociedade sempre, mas em especial em 11 de dezembro, Dia do Engenheiro. A data remete à publicação do decreto que regulamentou a profissão em 1933, e é ótima oportunidade para a reflexão sobre a necessidade de valorização desses quadros qualificados.
O Brasil possui mais de 1 milhão de engenheiros e agrônomos registrados, dos quais aproximadamente 320 mil estão no Estado de São Paulo.
É um contingente importantíssimo, que precisa ter oportunidades adequadas para contribuir com a sociedade à altura de sua capacidade.
Uma premissa básica para que isso aconteça é que exista uma dinâmica de crescimento, com investimentos públicos e privados que tragam avanços ao País. É no ambiente de estímulo à produção e a novos projetos que o engenheiro pode exercer suas funções e colaborar para que se estabeleça um ciclo virtuoso de desenvolvimento sustentável.
Com demandas enormes nas mais diversas áreas, como na infraestrutura urbana e de produção, na recuperação da indústria nacional, no avanço do agronegócio com sustentabilidade e valor agregado, na necessária transição energética que pode ser liderada pelo Brasil, entre outros desafios, há espaço de sobra para a atuação dos engenheiros. Mas é preciso que o País tenha um programa coordenado para enfrentamento de toda essa agenda ou desperdiçará talentos preciosos em cuja formação já muito se investiu.
Para que os melhores resultados sejam obtidos, fundamental é que sejam oferecidas as condições adequadas ao profissional, o que inclui remuneração justa, acesso a qualificação permanente e autonomia técnica. Por isso mesmo, essas são bandeiras de luta permanentes do SEESP nas negociações coletivas com as empresas e sindicatos patronais e juntos aos poderes públicos.
Pauta crucial é o respeito ao salário mínimo profissional estabelecido pela Lei 4.950-A/1966. Válida para profissionais contratados sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), é ainda importante referência na luta por valorização daqueles que atuam nas administrações públicas. Assim, outra batalha valiosa é o estabelecimento de carreira pública de Estado para os engenheiros, que segue na pauta da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) e seus sindicatos filiados.
Nossas homenagens a todos os engenheiros do Brasil, profissionais que certamente muito contribuirão para a construção de um país melhor. Viva o 11 de dezembro!
Murilo Pinheiro – Presidente do Sindicato dos Engenheiros.
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