As Centrais Sindicais emitiram Nota nesta quarta (29) em defesa do direito de greve dos trabalhadores. Isso se dá após comentários do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, atacando os condutores da Capital e o Sindicato da categoria (Sindmotoristas).
No documento, as Centrais reforçam que o setor público “ao invés de agir com objetivo de mediar uma negociação justa, age de maneira covarde ao atacar injustamente”.
“As Centrais Sindicais, que representam milhares de trabalhadores de São Paulo, incluindo os motoristas e cobradores, exigem respeito com aqueles que, durante a pandemia, colocaram suas vidas em risco para que a cidade não parasse completamente, apesar dos registros de centenas de mortes por Covid-19”, diz a Nota.
De acordo com as entidades, a greve é o último recurso dos trabalhadores diante da intransigência patronal e os ataques aos condutores por parte do prefeito Ricardo Nunes demonstra falta de compromisso com a categoria e com a população.
NOTA – Leia abaixo a Nota na íntegra.
Centrais repudiam ataques aos trabalhadores e defendem o direito a greve
A insensibilidade dos proprietários de transporte coletivo em São Paulo, mais uma vez levou os motoristas e cobradores a uma greve de 24 horas.
O setor patronal, num flagrante desrespeito a categoria, se omite a necessidade de ampla negociação, o mesmo acontece com o poder público, que de maneira infeliz, ao invés de ser um mediador para evitar um conflito, acusa de maneira leviana os trabalhadores que reivindicam o cumprimento da convenção coletiva de trabalho.
O pedido para que a hora de almoço seja computada como hora trabalhada, nada mais é do que um justo direito daqueles que passam horas num volante de veículo transportando milhões de pessoas na cidade.
A decisão da greve foi a última instância que restou aos trabalhadores, diante da falta de diálogo com o setor empresarial. Por outro lado, o setor público ao invés de agir com o objetivo de mediar uma negociação justa, age de maneira covarde ao atacar injustamente toda a categoria.
As centrais sindicais, que representam milhares de trabalhadores na cidade de São Paulo, incluindo os motoristas e cobradores, exigem respeito com aqueles que durante a pandemia colocaram suas vidas em risco para que a cidade não parasse completamente, apesar dos registros de centenas de morte por Covid-19.
A greve é o último recurso dos trabalhadores diante da intransigência patronal. Ataques a uma categoria partindo do setor público, demonstra a falta de compromisso daqueles que deveriam ter um olhar de solidariedade com os trabalhadores e com a população.
As centrais sindicais repudiam todo e qualquer ataque aos trabalhadores do transporte coletivo de SP.
Sérgio Nobre – Presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores)
Miguel Torres – Presidente da Força Sindical
Ricardo Patah – Presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores)
Adilson Araújo – Presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)