O movimento sindical persiste na reivindicação de Auxílio digno, para mais brasileiros necessitados, e também na agilidade da vacinação, que está muito lenta, retardando o combate à pandemia da Covid-19.

As entidades denunciam o arrocho no benefício e criticam a manobra do governo, que, ao estender o Auxílio por mais três meses, em valores muito baixos, tenta tapar o sol com a peneira e esconder as crescentes denúncias de escândalos e irregularidades.

Bolsonaro, dizem as Centrais, sente também o impacto das mobilizações de massa e a perda de apoio na sociedade.

A NOTA
As Centrais Sindicais exigem que o Auxílio Emergencial seja de R$ 600,00 mensais até o fim da pandemia e pra todos que precisem.

O governo Bolsonaro, ao anunciar a prorrogação por prazo e valor insuficientes, nesta segunda (5), mostra ter sentido a forte pressão do movimento sindical, no Parlamento e nas ruas pelos R$ 600,00.

Convenientemente, ele usa o anúncio da prorrogação do Auxílio de apenas R$ 250,00 por três meses pra esconder denúncias de corrupção que atingem seu governo e trazem à tona seu próprio nome em casos de prevaricação em contratos para a compra de vacinas, em meio às revelações da CPI da Covid-19.

Bolsonaro usa a miséria, para a qual empurrou a população mais vulnerável, a fim de encobrir a profunda crise que atinge seu mandato genocida.

Enquanto os países que têm superado a pandemia e a crise econômica fazem a opção pela expansão monetária, crédito, garantia do auxílio, seguro-desemprego e taxação dos ricos, no Brasil, o Auxílio tem sido usado pelo governo como moeda política e eleitoral. O Emergencial de R$ 600,00, entre abril e agosto de 2020, foi conquista do movimento sindical e dos partidos de oposição, evitando a fome pra quase 70 milhões de brasileiros.

Bolsonaro mostrou seu descompromisso com o bem-estar do povo e o desenvolvimento do País quando, em setembro de 2020, cortou pela metade o valor do Auxílio e, em 2021, além de ter demorado a retomar (o Auxílio ficou suspenso por quatro meses), quando o fez determinou o valor irrisório de R$ 250,00 e pra menos pessoas.

Tais manobras não nos enganam; não vamos esmorecer! A pressão seguirá cada vez mais forte, alimentada pelas mobilizações nas ruas, locais de trabalho e no Parlamento pelos R$ 600,00 mensais até o fim da pandemia, pra todos os que necessitem.

#ForaBolsonaro #600ContraFome

São Paulo, 6 de julho de 2021
Sérgio Nobre, presidente Central Única dos Trabalhadores;
Miguel Eduardo Torres, presidente Força Sindical;
Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores;
Adilson Araújo, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil;
Antônio Neto, presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros;
José Reginaldo Inácio, presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores;
Ubiraci Dantas, presidente da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil;
Atnágoras Lopes, Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas;
Edson Carneiro Índio, Intersindical da Classe Trabalhadora;
Emanuel Melato, Coordenação da Intersindical – Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora;
José Gozze, presidente da Pública, Central do Servidor.