As Centrais Sindicais emitiram Nota segunda (28) em defesa do emprego e em repúdio à demissão em massa na Avibras, em Jacareí (SP). No documento, as entidades ressaltam a importância da unidade da classe trabalhadora.
Segundo as Centrais, essa não é a primeira vez que a empresa entra em recuperação judicial e pratica as demissões em massa. “E não paga direitos trabalhistas, sempre sujeita às oscilações nas mãos da iniciativa privada. A atual crise é também fruto do processo de desindustrialização que avança no País”, informa o documento.
“É tarefa dos governos federal, estadual e municipal intervirem pra defender os empregos e garantirem que uma empresa estratégica como essa esteja a serviço dos interesses do povo brasileiro”, destacam as entidades. A Avibras é uma das principais empresas de equipamentos militares no Brasil. O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região acompanha de perto o caso e dá todo apoio aos trabalhadores.
No último dia 22, os funcionários da Avibras e dirigentes dos Metalúrgicos saíram em passeata pelas ruas, a fim de cobrar medidas para evitar as demissões na empresa. Na Nota, as Centrais Sindicais exigem o imediato cancelamento das demissões e estabilidade no emprego.
MAIS – Leia abaixo a Nota na íntegra.
Exigimos o imediato cancelamento das demissões na Avibras e estabilidade no emprego aos trabalhadores!
Diante do pedido de recuperação judicial e da demissão em massa de 420 trabalhadores realizada pela Avibras, em Jacareí (SP), no último dia 18 de março, a defesa dos empregos e da soberania nacional é uma luta de toda a classe trabalhadora.
As centrais sindicais brasileiras declaram todo apoio aos metalúrgicos e metalúrgicas da Avibras e ao sindicato da categoria, que estão mobilizados pelo cancelamento das demissões.
A Avibras é uma das principais empresas de equipamentos militares no Brasil e, portanto, estratégica para o desenvolvimento tecnológico e para a soberania nacional.
Mas, não é a primeira vez que a empresa entra em recuperação judicial, faz demissões em massa e não paga direitos trabalhistas, sempre sujeita às oscilações nas mãos da iniciativa privada. A atual crise é também fruto do processo de desindustrialização que avança no país.
É tarefa dos governos federal, estadual e municipal intervirem para defender os empregos e garantir que uma empresa estratégica como essa esteja a serviço dos interesses do povo brasileiro.
Exigimos o imediato cancelamento das demissões na Avibras e estabilidade no emprego aos trabalhadores! Propomos negociação com o sindicato representantes da categoria para uma solução. Todo apoio à luta dos metalúrgicos e metalúrgicas da Avibras!
São Paulo, 28 de março de 2022
Sergio Nobre, Presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores)
Miguel Torres, Presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, Presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores)
Adilson Araújo, Presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
Oswaldo Augusto de Barros, Presidente da NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores)
Antonio Neto, Presidente da CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros)
Atnágoras Lopes, Secretário executivo nacional da Central Sindical CSP-Conlutas
Edson Carneiro Índio, Secretário-geral da Intersindical Central da Classe Trabalhadora
Emanuel Melato, Coordenador da Intersindical – Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora
José Gozze, Presidente da Pública Central do Servidor