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domingo, 9/11/2025

Centrais são contra anistia a golpistas

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Estimuladas pelo Oscar de Melhor Filme Internacional para o “Ainda estou aqui”, de Walter Salles, as Centrais Sindicais divulgam Nota conjunta em que pedem ao governo federal fortalecer a Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos. O órgão foi extinto por Jair Bolsonaro em dezembro de 2022 e recriado em julho de 2024 pelo atual governo. Contudo, há críticas quanto a baixo orçamento.

Filme premiado gira em torno da história de Eunice Paiva, mulher do então deputado Rubens Paiva, preso, torturado e assassinado pela ditadura em 1971. O corpo de Rubens nunca foi devolvido à família. Eunice teve que se reinventar como mãe solo de cinco filhos e ativista pelo direito das famílias dos desaparecidos políticos.

A Nota das Centrais:

“O sucesso do Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles, abriu o debate sobre um assunto muito importante no Brasil: os mortos e desaparecidos da ditadura militar. Nós, das Centrais Sindicais, apoiamos a luta das famílias penalizadas e sem poder viver o luto por seus entes mortos de forma cruel.

Esta é uma ferida que, depois de 40 anos de redemocratização, ainda está aberta. Aberta, inclusive, para a família Paiva, que batalha para encontrar os restos mortais do ex-deputado Rubens Paiva, assassinado pela ditadura em 1971.

Nesta terça (4), a filha de Rubens e Eunice, Vera Paiva, falou à Folha de S. Paulo sobre a expectativa de que o governo retome plenamente os trabalhos da Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos, extinta pela gestão Bolsonaro e restituída em 2024, mas com baixo orçamento.

Consideramos fundamental que o governo abrace a causa e se empenhe em fortalecer a Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos.

Precisamos resolver essa dívida histórica com as famílias dos mortos e desaparecidos durante os 21 anos da ditadura. Os responsáveis pelos crimes precisam ser punidos, respondendo, assim, por seus atos.

Só conseguiremos avançar na construção da democracia tendo consciência da nossa história, transmitindo-as para as novas gerações e passando a limpo injustiças perpetradas pelo Estado em passado recente.

Sem anistia aos golpistas!”

São Paulo, 4 de março de 2025

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