Neste domingo (22), a Central Única dos Trabalhadores encerrou seu 14º Congresso.
O metalúrgico Sérgio Nobre foi reeleito presidente. A Central criou mais quatro secretarias, um delas voltada para a Terceira Idade.
Segundo informa a Rede Brasil Atual, em reportagem de Vitor Nuzzi, o Concut reuniu 1.800 delegados e 200 convidados internacionais.
Horizontes – O presidente Sérgio Nobre, afora defender avanços na organização sindical, frisou que “atuar só nos locais de trabalho não é mais suficiente”. Para o dirigente, “se queremos representar todos os trabalhadores precisamos ocupar territórios”. Não significa, ressalva, “disputar espaços com os movimentos populares, mas fazer o trabalho sindical, falar de trabalho, falar de direitos trabalhistas e lutar por eles juntos com as comunidades”. E arrematou: “A CUT tem de estar onde o povo está.”
Neste ano a Central completou quatro décadas. Houve homenagens e um dos nomes destacados é o de Luiz Gushiken, dirigente histórico dos bancários e ex-ministro de Lula. Fez parte da homenagem o lançamento do livro A nova ordem – Luiz Gushiken, com 67 artigos do dirigente falecido em 2013.
Fascismo – O tema luta política permeou o 14º Concut. Conforme João Barreiros, dirigente da CGTP (Portugal) e membro da Confederação Sindical dos Países de Língua Portuguesa, “o fascismo ainda não foi derrotado completamente”, o que exige combate permanente, alertou.
Mulher – Vice-presidenta reeleita, a bancária Juvandia Moreira. Segundo ela, o Congresso anterior, em 2019, foi marcado pela resistência, por ser o primeiro ano do governo Bolsonaro. Já o Concut 2023 marca a reconstrução e o fortalecimento da democracia. Para a dirigente, “não tem como pensar em democracia sem fortalecer os Sindicatos, sem trabalho decente, combate à desigualdade e desenvolvimento sustentável”.
Sociedade – Uma das resoluções do Congresso da CUT (maior Central brasileira e uma das maiores no mundo) é mostrar à sociedade a importância dos Sindicatos na garantia de empregos, direitos e cidadania.
As quatro Secretarias criadas são Economia Solidária, LGBTQIA+, Transporte/Logística e Aposentados, Pensionistas e Idosos.
MAIS – Site da CUT e Rede Brasil Atual