O Tribunal Superior do Trabalho (TST) realizou audiência de conciliação segunda (13) entre a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) e entidades sindicais. Apesar disso, a empresa não aceitou acordo proposto pela Justiça. Agora, o TST encaminha o caso para a Seção Especializada em Dissídios Coletivos.
Na sexta (10), o ministro Alexandre de Souza Agra Belmonte propôs reajuste salarial aos trabalhadores com 100% da recomposição da inflação medida pelo INPC a partir de agosto. Mesmo sem propor um aumento real, a direção da empresa se mostrou intransigente.
Além de se negar a aplicar a inflação nos salários, a ECT também rejeitou cláusulas sociais da proposta, como o acesso de dirigentes sindicais aos funcionários, participação dos Sindicatos nos processos administrativos disciplinares e a liberação sindical.
Agora, o ministro Agra Belmonte enviou o dissídio à seção especializada na Corte. A sessão ordinária está marcada para segunda (20).
Caso haja algum avanço nas negociações entre as entidades sindicais e a empresa, o TST se colocou à disposição para a possibilidade de abrir nova audiência.
Elias Cesário (Diviza), presidente do Sindicato dos Trabalhadores na ECT em SP (Sintect-SP), afirma que o Correios não respeita a categoria. “A empresa propôs a reposição da inflação dividida em três vezes, sendo 50% em agosto, 25% em outubro e 25% só em janeiro do ano que vem.
Sem contar que insiste na inclusão do banco de horas e não está disposta a voltar a pagar o adicional dos trabalhos aos sábados”, denuncia o dirigente.
Diviza avalia que a direção da estatal tenta claramente dar “um chapéu” nos trabalhadores. “Reafirmamos nosso compromisso de buscar negociar e trazer o melhor pra categoria. Por isso, continuamos à disposição do TST e da empresa pra continuarmos a negociação”, ressalta o presidente do Sintect-SP.
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