No novo governo, a CTB lutará para remover o entulho regressivo, em especial as reformas trabalhista e previdenciária. E também pelo fim da terceirização irrestrita
Neste 14 de dezembro, a CTB – Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil completa 15 anos. Fundada em 2007, em congresso realizado em Belo Horizonte, Minas Gerais, a CTB é uma Central organizada nos 26 estados e no Distrito Federal.
Com o governo Lula, pela lei 11.648/2008, as centrais sindicais do Brasil conquistaram o reconhecimento formal. Para tanto, precisam ter, entre outros requisitos, no mínimo 100 sindicatos filiados distribuídos nas cinco regiões do país e 7% dos sindicalizados.
Desde sua fundação, a representatividade da Central só aumenta. Na festa dos 15 anos, foi comemorada a conquista de 1355 entidades filiadas e 1,6 milhão de trabalhadores sindicalizados.
Hoje a CTB é presidida pelo bancário baiano Adilson Araújo desde 2013. Seu mandato atual vai até o próximo congresso da Central, em 2025. O primeiro presidente, da fundação em 2007 até 2013, foi o metroviário paulista Wagner Gomes.
A fundação da CTB foi realizada com uma composição ampla e plural. Dela participam sindicalistas originários da Corrente Sindical Classista, do Sindicalismo Socialista Brasileiro, federações de trabalhadores rurais vinculados à Contag e Marítimos.
Desde seus primeiros passos, a CTB sempre se empenhou para construir a unidade do sindicalismo brasileiro. Jogou papel decisivo para a consolidação do Fórum das Centrais Sindicais e pela realização de duas Conferências da Classe Trabalhadora.
A CTB defende um projeto nacional de desenvolvimento com valorização do trabalho, defesa da democracia e da soberania nacional. Seguindo uma orientação classista, defende como alternativa estratégica para o país a conquista do socialismo.
Em matéria de organização sindical, a Central considera fundamental a defesa da CLT, principalmente, com os avanços alcançados com a Constituição de 1988, com destaque para o artigo 8º que garante a liberdade, autonomia e unicidade sindical.
No plano internacional, a CTB é filiada à Federação Sindical Mundial e tem jogado importante papel internacionalista, principalmente com o movimento sindical do nosso Continente.
Neste último período, os cetebistas se empenharam para compor uma ampla frente para enfrentar e derrotar a extrema-direita representada pela candidatura de Bolsonaro e inaugurar um novo ciclo político no país liderado pelo presidente Lula.
Com o novo governo e junto com o Fórum das Centrais Sindicais, a CTB vai lutar para remover o entulho regressivo deixado pelo atual presidente, em particular as reformas trabalhista e previdenciária e a terceirização irrestrita.
Ao mesmo tempo, a Central lutará contra as ameaças golpistas da extrema-direita e erguerá bem alto a defesa de um projeto de desenvolvimento que gere empregos de qualidade, assegure direitos e combata a precarização do trabalho.
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