Sinais evidentes de que vai bem a economia brasileira. A taxa de desemprego mantém trajetória de queda e recua pra 6,6% no trimestre finalizado em agosto, aponta o IBGE nesta sexta (27). Trata-se do menor nível de desocupação de toda a série histórica, para o período, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, coletada desde 2012.
A taxa de 6,6% é a mais baixa do levantamento para o período ao vir abaixo do resultado de 2014 (7%). Em agosto do ano anterior, o desemprego afligia 7,8% da população nacional.
O País vivencia a expansão da demanda por trabalhadores em diversos setores, levando a taxa de desocupação para valores próximos ao de 2013, quando esse indicador estava em seu menor patamar.
Rodolfo Viana, economista do Dieese, explica o desempenho excepcional: “Resultados só foram possíveis graças a uma série de políticas postas em prática desde 2023, destaco principalmente a retomada da valorização do salário mínimo, pactuada com as Centrais Sindicais, e que impacta diretamente 59,3 milhões de brasileiros. Além disso, o movimento de queda na taxa de juros (de 13,75% em janeiro 2023 até 10,50% recentemente) contribuíram para incentivar o consumo e a tomada de crédito, dinamizando a economia, gerando mais emprego e renda.”
População ocupada – Número total de trabalhadores bate novo recorde em agosto. A queda do desemprego é acompanhada pelo aumento na quantidade de pessoas ocupadas – 102,5 milhões no mercado de trabalho. Ou seja, aumento de 2,9% (mais de 2,9 milhões de trabalhadores) em relação ao mesmo trimestre do ano passado.
Setor privado – Com 52,9 milhões de pessoas empregadas, o segmento também renova o maior número da série iniciada em 2012. Em um ano, o setor privado incluiu 2,5 milhões de trabalhadores. Também há recorde de empregados com Carteira assinada: 38,6 milhões.
Renda – Segundo o economista do Dieese, o rendimento médio real habitual é de R$ 3.228 neste trimestre, ainda é 1,22% inferior ao verificado em 2020, quando foi de R$ 3.268. Porém, o aumento na geração de empregos pode contribuir para o crescimento de renda “Um ambiente de menor desemprego melhora o cenário para os trabalhadores buscarem outras posições que paguem mais, ou ainda pleitearem, junto aos seus Sindicatos, maiores aumentos” diz.
Comércio – Setor conta com 368 mil novos trabalhadores a mais na comparação com o trimestre anterior – maior contingente na série histórica da Pnad, com 19,5 milhões de profissionais.