Após 13 rodadas de negociação, foi fechada a Campanha Nacional dos Bancários. A categoria obteve reajuste de 4,64% para salários e benefícios (Vales-Alimentação e Refeição, PLR, auxílio-creche e outras cláusulas).
O ganho real foi 0,7% para 1º de setembro de 2024 e 0,6% para 2025. Ou seja, aumento de 1,31% nos dois anos. Cerca de 430 mil trabalhadores foram contemplados.
Comando Nacional também avançou em temas importantes. Entre eles o combate ao assédio moral e sexual, isonomia salarial entre homens e mulheres e valorização de bancários LGBTQIA+.
Hermelino Neto preside a Federação da Bahia e Sergipe e integra o Comando Nacional. À Agência Sindical, ele avalia a campanha. Confira:
Agilidade – “Nossa data-base é 1º de setembro e conseguimos iniciar o mês garantindo ganhos na Convenção Coletiva de Trabalho. É inédito”, afirma. Ele completa: “Essa garantia foi possível pelo governo progressista atual, alinhado aos trabalhadores”.
Ameaças – Hermelino destaca a importância da CCT ante ameaças da Fenaban. Ele diz: “Recebemos muita pressão na mesa de negociação. A mais grave delas tratou da retirada da Convenção Coletiva, que tem 35 anos e une a categoria em todo o País. Nós resistimos e garantimos as conquistas, com ganho real. Não é o desejado, mas foi o possível”.
Mobilização – Segundo o dirigente, o engajamento de bancários e bancárias foi decisivo. “Houve grandes mobilizações pelo País e conseguimos avançar”. Ele ressalta a necessidade de continuar a luta por melhores condições de trabalho. O sindicalista afirma: “Seguiremos firmes. Esse é o setor mais lucrativo da história, assim como o que mais provoca adoecimentos no trabalho. Precisamos batalhar muito pra obter avanços nesse cenário”.
Regulamentação – O Comando Nacional quer mais trabalhadores beneficiados com a Convenção Coletiva. Hermelino Neto comenta: “Hoje muitas empresas atuam como bancos, mas não são. E muitos trabalhadores fazem trabalho bancário, sem integrar a categoria. Seguiremos na luta pra que mais funcionários sejam cobertos pela nossa CCT. Se os bancos querem acabar com a Convenção, nós queremos fortalecê-la. É nosso papel”.
MAIS – Site da Federação da Bahia e Sergipe, Bancários de SP e Contraf-CUT.