“A principal característica do presidente Lula, que hoje completa 75 anos, e a quem desejo longa vida e saúde, é o diálogo. Nos seus governos, ele conversou com todos os setores da sociedade”. A fala é João Carlos Gonçalves (Juruna), secretário-geral da Força Sindical.
Para Juruna, outra marca de Lula foi a preocupação com o mercado interno. “No chamado Conselhão estavam todos os setores sociais. Muito do que ali era proposto acabava adotado pelo governo, sempre no sentido de aquecer a economia, distribuir renda e tornar mais forte o mercado interno”, ele observa.
Juruna recorda que, mesmo antes da posse, Lula atuou pra impedir a votação do PL das terceirizações, retardando um projeto aprovado anos depois no governo Temer. O presidente da República também vetou a Emenda 3, que praticamente acabava com o registro em Carteira. A Força Sindical e as demais Centrais fizeram diversos atos contra a Emenda, que tinha apoio da Rede Globo.
Crise – Quando estourou a crise do “subprime” nos Estados Unidos, a economia mundial balançou. Mas o Brasil, sob Lula, sofreu menor impacto. O dirigente da Força se lembra de que, já na virada do ano, o Presidente Lula recebeu uma comitiva em sua residência, pra tratar de medidas para contenção da crise.
Foi durante o governo do petista que, a pedido do sindicalismo, o salário mínimo passou a contar com a política de aumento real.
Durante Lula e nos cinco primeiros anos de Dilma, as categorias profissionais obtiveram 13 anos seguidos de ganho real.
Futuro – Para Juruna, a esquerda e os setores progressistas não podem errar em 2022. “Não podemos cair no erro de cada um querer impor o seu programa. Temos que trabalhar por um programa unitário, que agregue amplos setores progressistas da sociedade, até pra criar condições de governabilidade”, afirma.