Após a agressão que resultou no assassinato de João Alberto Silveira Freitas, dia 19, numa loja em Porto Alegre (RS), o Carrefour anuncia medidas de combate ao racismo e à discriminação.
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Em nota de página inteira quinta, 26, em grandes jornais, a rede se compromete a adotar regras rigorosas de recrutamento e treinamento da equipe de vigilância, a fim de evitar novos casos de violência. A rede é reincidente e sofre críticas em diversos países.
Categoria – José Boaventura Santos, presidente da Confederação Nacional de Vigilantes e Prestadores de Serviços (CNTV/CUT), reafirma que o Carrefour tem responsabilidade direta no assassinato. O cliente era negro, o que indica motivação racista do ato.
Em entrevista à Agência Sindical, Boaventura comenta que não basta rigidez no treinamento. É preciso mudar a ideologia de preservação da mercadoria. “Deve-se pensar em proteger as pessoas em primeiro lugar. Não a mercadoria”, argumenta.
Segundo a Associação Brasileira dos Cursos de Formação e Aperfeiçoamento de Vigilantes, a qualificação profissional deverá ganhar novo formato também com a inclusão de conteúdo antirracista. Boaventura saúda. “É uma iniciativa correta, pois o Brasil carrega o problema estrutural do racismo”, afirma.
O dirigente conta que a Confederação e os Sindicatos buscam há tempos junto à Polícia Federal pela humanização do treinamento.
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Ele conta: “A partir de 2012, o curso de reciclagem passou a incluir direitos humanos e gerenciamento de conflitos, a fim de que o diálogo seja sempre a alternativa”. Boaventura completa: “Defendemos também que não se utilizem armas de fogo no comércio”.
Protocolo – A CNTV negocia e deve assinar com o Carrefour compromisso para a contratação de serviço focado na proteção da pessoa. Para o sindicalista, as medidas devem estar vinculadas à mudança na cultura racista da empresa.
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O presidente da Confederação alerta: “Não é só o Carrefour. Outras empresas têm perfil preconceituoso”.
Ação – O dirigente espera mudança efetiva no setor varejista. “Episódios trágicos como o de Porto Alegre não podem se repetir”, conclui.
Mais – Acesse o site da CNTV/CUT.