Sabe aquele serviço de saúde espancado pela classe média e vilipendiado na imprensa? Mudou. Agora o Sistema Único de Saúde – SUS passou a morar no coração dos paulistanos. Quem mostra a mudança é o Guia “O melhor de São Paulo”, enquete da Folha, em forma de revista, sobre serviços públicos e privados.
O ranking de serviços ficou assim: SUS, 13%, Poupatempo, 12%, e Metrô, 11%. Em 2015, quando da primeira pesquisa da Folha de S. Paulo, o SUS penava com 2% de aprovação. Em relação ao resultado de 2020, a aprovação cresceu sete pontos.
Na Capital de São Paulo, o Sistema, sacramentado na Constituição de 1988, tem 88.870 funcionários. O número anual de atendimentos na rede supera 34,6 milhões. Só UBSs (Unidades Básicas de Saúde) são 486, as AMAs (Assistência Médica Ambulatorial) e outros equipamentos.
José Carlos Paludeto, superintendente do SUS em São Paulo, afirma: “Vemos reconhecimento de todo o trabalho de uma equipe multidisciplinar engajada, vestindo a camisa do SUS”. Ele cita o engajamento de médicos, enfermeiros, fonoaudiólogos, auxiliares técnicos e todos os que atuam na linha de frente.
Muitos criticavam o SUS sem conhecer seu funcionamento, afirma Édson Aparecido, Secretário de Saúde do Município. A imagem do Sistema Único de Saúde ganho apelo durante a pandemia. O ex-ministro Luiz Henrique Mandetta sempre vestia colete do SUS durante as coletivas diárias de imprensa.
CONFIRA OS DADOS
Criação: 1988;
Funcionários: 8.870;
Atendimentos: 34.646.839, juntando as Unidades Básicas de Saúde e as AMAs (Assistência Médica Ambulatorial) em 2020 (média de 125.740 por dia); no estado, 61,2% dos 45 milhões de habitantes usam exclusivamente o sistema, informa o DataSUS.