Dia 7 de novembro, o Dieese divulgou alta nos alimentos da cesta básica em 12 das 17 Capitais pesquisadas. A maior alta, em outubro, ocorreu em Porto Alegre (3,34%). A capital gaúcha foi onde os alimentos básicos tiveram maior custo – cesta de R$ 768,82; São Paulo, R$ 762,20.
A comparação dos valores, entre outubro de 2022 e outubro passado, mostra que todas as Capitais tiveram altas. Aumento chegou a 15,38% em Salvador.
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No dia 10 de novembro, o IBGE divulgou altas pesadas. No Grupo Alimentação, os campeões em outubro foram a batata (23,36%), o tomate (17,63%) e a cebola (9,31%). O IPCA voltou a subir pós-eleições – 0,59% em outubro. A inflação no ano chega a 4,70%.
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Nos últimos 12 meses, 6,47%.
MOTIVOS – A Agência Sindical ouviu o economista Pedro Afonso Gomes, presidente do Conselho – Corecon-SP. Ele não acredita em explosão de preços, “a não ser em um ou outro item, por alguma razão específica”.
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Quanto à deflação durante três meses, ela se deve à queda no preço da gasolina e derivados. Pedro Afonso explica: “O peso do transporte e da logística chega a ser de 20% no custo final”. Na medida em que a gasolina e o diesel caíram de preço, substancialmente, a inflação também declinou.
O Brasil, ele lembra, tem cerca de seis milhões de agricultores familiares, “que respondem por mais de 73% dos alimentos consumidos”. Ao contrário do agronegócio, “que se beneficia da escassez alimentar mundial e do dólar alto”, o pequeno produtor vende a preço baixo. “Ganha quem faz o alimento sair da roça e chegar ao ponto de venda. Ou seja, o intermediário”, explica Pedro Afonso.