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segunda-feira, 12/05/2025

Heineken mantém ataques aos direitos dos trabalhadores

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Para sindicalista, Heineken demonstra insensibilidade ao demitir na pandemia

Em plena pandemia da Covid-19, o grupo Heineken pretende jogar as contas da crise econômica nas costas dos trabalhadores. Além de anunciar a demissão de mais de 8 mil pessoas em todo o mundo, a empresa tem promovido duros ataques contra direitos trabalhistas dos seus funcionários.

Quem denuncia é Artur Bueno de Camargo, presidente da Confederação dos Trabalhadores em Alimentação (CNTA Afins). Segundo Artur, as entidades que representam os trabalhadores do setor tentam negociar para reverter essa decisão.

Terça (13), os sindicalistas se reuniram em audiência de conciliação com intermediação da Procuradoria-Geral do Trabalho. Participaram dirigentes da Contac-CUT, UITA Alimentação, Sindicatos do setor e representantes da Heineken.

Segundo Artur, não houve acordo. Ele conta: “Eles querem reajustar o valor do plano de saúde em 20%, tirar o auxilio refeição dos afastados em razão da Covid-19 e ainda demitir cerca de 400 funcionários. Isso tudo na pandemia. É uma falta de sensibilidade absurda”.

Diante da falta de consenso e da postura intransigente da empresa, que já iniciou as demissões, os sindicalistas vão intensificar a mobilização. “Vamos inclusive fazer denuncia internacional. Essa atitude da Heineken é inaceitável e no mínimo demonstra falta de sensibilidade num momento de pandemia”.

A alegação da empresa é a redução da produção em virtude da pandemia, da necessidade de isolamento social e restrição de bares e restaurantes.

“Fizemos um levantamento e verificamos que o consumo não caiu. Tanto que a venda das garrafas de 600 ml aumentou, em comparação às latas e long necks, geralmente consumidas em bares”, afirma Artur. A Heineken tem 15 fábricas no Brasil, responsáveis por 13 mil empregos direitos.

Mais – Acesse o site da CNTA Afins

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