Experimento desenvolvido pela campanha global 4 Day Week colocou cerca de 3,3 mil trabalhadores, de mais de 30 setores da economia, a desempenhar suas funções laborais em uma semana de quatro dias no Reino Unido. Esse modelo de trabalho promete vidas mais saudáveis aos trabalhadores, maior sustentabilidade e não gera perda de lucratividade às empresas.
Outros países como Irlanda, Estados Unidos, Canadá, Austrália, Nova Zelândia e Israel também testam a experiência. No Brasil, os bancários incluíram tal item na Pauta de Reivindicações da categoria para a campanha salarial deste ano.
No Reino Unido, o projeto segue até dezembro, em 70 empresas e organizações. Empregadores que aderiram ao experimento recebem apoio. Segundo o diretor da campanha, Joe Ryle, cerca de 500 empresas se inscreveram para participar do programa.
“Não conseguiríamos lidar com essa quantidade. Então, reduzimos pra 70”, explica o coordenador. “Temos empresas do setor de hospitalidade, varejo, marketing, telecomunicações, construção. Vários setores diferentes pra mostrar que é possível em toda a economia”, afirma.
De acordo com Joe Ryle, as empresas adotam jornada de 32 horas semanais, o equivalente a quatro dias de 8 horas. Para ele, a economia não precisa que se trabalhe mais do que isso e, aliás, é isso o que leva os trabalhadores a ficarem esgotados, sobrecarregados, pouco eficientes e pouco produtivos.
“A semana de cinco dias de jornada, de 40 horas, é baseado em economia agrícola, dos anos 1930 e 1940. É uma maneira realmente ultrapassada de trabalhar e que nunca foi atualizada. Faz 110 anos que passamos de uma semana de seis dias pra uma de cinco. Chegou a hora de tornar nossas vidas melhores, pra ter mais tempo livre”, defende o coordenador do projeto.
*Com informações da Brasil de Fato.