Explosões pelo Gás Natural Veicular – GNV, como a que vitimou o frentista Paulo Barbosa dos Santos, sábado (7), no Rio, podem ser evitadas. Mas isso só ocorrerá com uma fiscalização rigorosa pelas autoridades.
Quinta, 11, durante a 113ª Conferência da OIT, na Suíça, o presidente da Fenepospetro e do Sinpospetro-RJ, Eusébio Luis Pinto Neto, cobrou do Ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, rigor na fiscalização, para evitar novos acidentes.
Segundo Eusébio, é responsabilidade do Ministério supervisionar, intervir e exigir das empresas adesão às normas de segurança e saúde ocupacional. Ele diz: “Independentemente do laudo de conclusão da perícia, no qual será apontado o culpado, o acidente poderia ter sido evitado. Algum órgão falhou, seja o que fiscaliza as empresas ou os veículos”.
Para o dirigente, a Agência Nacional do Petróleo também precisa cumprir sua função de fiscalizar os cilindros de GNV – que devem estar na validade e conter selo do Inmetro. Outro órgão com papel importante é o Ministério Público do Trabalho, que pode denunciar postos que descumprem Normas Regulamentadoras e colocam a vida do trabalhador em risco.
Conferência – Na OIT, Eusébio coordena um dos grupos de trabalho a fim de regulamentar o trabalho em aplicativos e garantir direitos e condições dignas. Comissões reúnem trabalhadores, empregadores e governos. Declaração final, a ser votada nesta sexta, 13, incluirá proposta sobre o tema.
Precariedade – Acidentes provocados pelo GNV decorrem, na maioria das vezes, da precariedade dos cilindros, Eusébio explica: “Muitos recorrem a oficinas precárias na hora de recauchutar o cilindro, que, por ser antigo e mal conservado, acaba gerando acidentes. O barato sai caro”, comenta Eusébio.
Mais – Sites da Fenepospetro e do Sinpospetro-RJ.
Com informações da jornalista Estefania de Castro (MTb 21.605).