O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva escolheu o deputado federal eleito Luiz Marinho para ministro do Trabalho. Deputado petista aceitou o convite e terá seu nome anunciado em data a ser marcada.
Dirigentes das principais Centrais Sindicais já foram consultados por membros do governo de transição a respeito do retorno de Marinho e responderam positivamente.
A escolha de Marinho para ministro do Trabalho também ajudaria a fazer com que Orlando Silva (PCdoB-SP), primeiro suplente da federação PT-PCdoB-PV em São Paulo, assumisse uma cadeira na Câmara dos Deputados.
O Ministério do Trabalho foi extinto por Jair Bolsonaro (PL) no primeiro ato de seu governo, em 2019. Em 2021, a pasta foi recriada para acomodar Onyx Lorenzoni (PL-RS).
A volta do ministério do Trabalho é uma reivindicação das Centrais Sindicais, conforme documento unitário da CONCLAT 2022.
Marinho – Presidente do diretório paulista do PT, ele já foi prefeito de São Bernardo do Campo, ministro do Trabalho e Emprego (entre 2005 e 2007) e ministro da Previdência Social (entre 2007 e 2008).
Luiz Marinho foi eleito deputado federal neste ano, mas não assumirá o posto. Ele recebeu 156.202 votos e foi o 34º deputado mais votado no Estado.
Marinho também tem uma longa história de militância no movimento sindical. Nos anos 1980 e 1990, ocupou diversos cargos relevantes no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Em 2003, foi eleito presidente da Central Única dos Trabalhadores.
Ele começou a disputar eleições em 2002, quando foi candidato a vice-governador de São Paulo na chapa encabeçada por José Genoino (PT). Os petistas, porém, perderam a disputa em segundo turno para Geraldo Alckmin, então no PSDB.
Em 2018, concorreu ao governo paulista, mas terminou o primeiro turno em quarto lugar, com cerca de 13% dos votos. Na ocasião, Márcio França (PSB) e João Doria (PSB) foram ao segundo turno, no qual o tucano levou a melhor.
Fonte: Carta Capital