A Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM-CUT/SP) continua em busca de avanços na Campanha Salarial 2023 da categoria no Estado de São Paulo. O grande entrave é a bancada patronal que recusa-se a melhorar as propostas da negociação coletiva. A alegação é de que as empresas não vivem um bom momento e, portanto, não seria possível atender as reivindicações dos trabalhadores. A data-base é 1° de setembro.
Vale destacar que os sindicatos filiados estão mobilizados nas bases e realizando assembleias nas portas das empresas. Essas ações sindicais têm redundado em vários acordos de negociações diretamente com as empresas e conquistas de reajuste integral da inflação e com ganho real nos salários.
O presidente da FEM-CUT/SP, Erick Silva, considera as ações dos seus filiados uma demonstração de força da organização dos trabalhadores. “Os sindicatos estão cumprindo importante papel de mobilizar a categoria, através de assembleias, paralisações e em alguns casos fazendo greve, que trazem as empresas para a realidade atual e chegam em acordos que valorizam a categoria.”, afirmou. Ele conclui: “Isso mostra que as bancadas patronais estão sendo intransigentes porque querem. Isso é um grande desrespeito com a bancada dos trabalhadores e trabalhadoras”.
Para o secretário-geral da entidade, Max Pinho, essa postura patronal coloca em jogo a renovação e ampliação das Convenções Coletivas de Trabalho (CCTs): “As Convenções são os principais instrumentos de proteção dos direitos dos trabalhadores, por isso, é de extrema importância a renovação para garantir os direitos sociais para toda categoria, além dos ganhos reais”.
Max assegura que a luta pelos direitos dos companheiros metalúrgicos continua: “Na pauta tínhamos reivindicações para avançar nos direitos das mulheres, a construção para a redução semanal da jornada de trabalho, entre outros itens. Nosso compromisso é proteger e valorizar toda a categoria, seguiremos até o fim nessa luta”, finalizou.
A FEM-CUT/SP e os 13 sindicatos filiados representam cerca de 190 mil trabalhadores e trabalhadoras, além de outros 25 mil metalúrgicos das montadoras, que realizam negociação à parte.
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