O governo quer importar da China 3.850 ônibus escolares para o programa do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação). Mas os Sindicatos de Metalúrgicos protestam .
É o caso dos Metalúrgicos da Grande Curitiba. Dia 12, em assembleia na Volvo, os trabalhadores votaram contra a tentativa do governo de zerar a alíquota de importação. Segundo a entidade, se a compra ocorrer, gerará empregos na China e não no Brasil.
ABC – Aroaldo Oliveira da Silva, dirigente dos Metalúrgicos do ABC e presidente da IndustriAll Brasil, aponta falta de política industrial. Ele diz: “O debate é importante porque nosso trabalho está em jogo e por aquecer cadeias produtivas e gerar empregos”.
A China é dona de 25% da indústria mundial. O Brasil representa apenas 1% desse mercado. “A Mercedes e outras empresas lançaram ônibus elétrico. A Scania lançou ônibus a gás. A chegada de ônibus importado desestimula o desenvolvimento e a produção nacional”, alerta.
Estudo da subseção do Dieese nos Metalúrgicos do ABC mostra o impacto dessa medida: desemprego. Segundo o Sindicato, a demanda atual pode ser suprida pelo fornecimento interno. “O Brasil pode desenvolver ônibus elétricos. O correto é acelerar essa implementação com políticas públicas orientadas a essa produção”, diz a entidade.
Mobilização – Ocorre em todo o País, encabeçada pela Confederação Nacional (CNTM-Força), Confederação (CNM-CUT) e IndustriAll, com os Sindicatos Metalúrgicos filiados às entidades.
MAIS – Acesse os sites da CNTM, CNM e IndustriAll.