Na terça (13) os representantes da Mercedes-Benz se reuniram com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC para explicar os planos de reestruturação na fábrica de São Bernardo. Entidade e montadora não chegaram a um acordo.
A empresa anunciou, no começo do mês, a intenção de demitir 3600 trabalhadores (2.200 efetivos e 1.400 temporários). Durante o encontro, os representes da fabricante mostraram números referentes à situação econômica da planta como justificativa às demissões.
A Mercedes pretende terceirizar setores da sua produção de componentes como eixos dianteiros e transmissão média, além dos serviços de logística, manutenção e ferramentaria. A planta em São Bernardo emprega seis mil na produção, cerca de nove mil no total.
GREVE – Diante da decisão da empresa, na quinta (8), em assembleia, os trabalhadores na Mercedes aprovaram paralisação até segunda (12).
“O Sindicato continuará debatendo com a empresa. Lembrando sempre que o objetivo é a manutenção dos empregos”, diz a entidade em Nota publicada após o encontro de terça.
REPERCURSÃO – Membros da comissão de fábrica da planta da Mercedes em Wurth, na Alemanha e do Comitê Mundial da Mercedes, na França, do Grupo de Cooperação Brasil-Alemanha KOBRA e dirigentes do Smata (Sindicato de Mecánicos y Afines del Transporte Automotor), na Argentina, manifestaram apoio aos trabalhadores da empresa.
CENTRAIS –As Centrais Sindicais também se unem contra os cortes. Força e CNTM afirmam em Nota: “Repudiamos a postura da empresa, desumana em relação aos trabalhadores e suas famílias e irresponsável perante as necessidades do País”.
“A solidariedade que temos recebido de várias partes do mundo é muito importante para demonstrar aos companheiros e companheiras da planta de São Bernardo que eles não estão sozinhos nessa luta”, diz Maicon Michel Vasconcelos da Silva, membro do CSE na Mercedes e secretário de Relações Internacionais da CNM/CUT.
Próxima reunião entre empresa e Sindicato está prevista para quarta (21).
MAIS – SMABC
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