Aumento na gasolina, diesel e na Selic eleva o custo de vida, gera mais carestia. A carestia corrói o orçamento doméstico e esvazia o prato das famílias, principalmente das mais pobres.
Eu não esqueço. E ninguém tem o direito de esquecer. Quando a Covid-19 matava milhares, o presidente da República declarou: – “E daí? Não sou coveiro”! Além disso, gravou vídeos zombando da doença.
Não surpreende que esse mesmo Presidente venha impor uma onda de aumentos em mercadorias e serviços, arrochando ainda mais a vida dos brasileiros. Um dos aumentos autorizados foi no preço dos medicamentos, o que impede muita gente de comprar o remédio passado pelo médico.
Mas, na semana passada, Jair Bolsonaro se superou. Em três dias, seu governo elevou a taxa básica de juros (Selic) e aumentou gasolina e diesel. Ano passado, a gasolina subiu 68,63%; o diesel, 64,70%. Este ano, em seis meses e meio, a gasolina tem alta de 31% e no diesel o aumento soma 68%.
Juros altos beneficiam quem não trabalha e vive de especulação. Também lesam pessoas físicas e jurídicas que fizeram empréstimos. Juro alto esfria o setor produtivo, o que inibe a geração de empregos ou então estimula demissões.
Aumento na gasolina, diesel e na Selic eleva o custo de vida, gera mais carestia. A carestia corrói o orçamento doméstico e esvazia o prato das famílias, principalmente das mais pobres. A situação já é dramática, pois 33 milhões passam fome, segundo o IBGE. Se a inflação não for contida, mais pessoas perderão o emprego, mais vão passar fome. Haverá calamidade pública.
E não adianta a conversa mole de que o problema decorre da guerra na Ucrânia. Os problemas da economia brasileira devem ser enfrentados pelo governo brasileiro. A crise atual é de responsabilidade do Presidente e de seu ministro da Economia, o tal “posto Ipiranga”.
Claro que o Sindicato se preocupa com essa onda de aumentos, pois eles corroem o poder aquisitivo da categoria. Quase todo dia fechamos acordos de PLR (Participação nos Lucros e/ou Resultados) nas fábricas. Semana passada, fechamos três, com aumentos reais, respectivamente, de 15%, 23% e 36,6%.
São aumentos bons? Sim. Eles trazem um alívio. Porém, são insuficientes pra romper o arrocho.
O que fazer? Primeiro, compreender objetivamente o que está acontecendo no País. Segundo, protestar, fazer mobilizações e municiar as redes sociais com informações que orientem os demais companheiros.
Terceiro, ficar em contato com o Sindicato, pra defender direitos ou buscar alguma forma de ganho.
Eleição – Quando o Sindicato faz críticas políticas tem trabalhador que não gosta, por achar que estamos em campanha pra um ou outro candidato. Engano. O Sindicato é independente. Apenas lutamos por um Brasil justo, com emprego, renda e paz social.
Companheiro(a), olhe pra lente da verdade: Jair Bolsonaro tem condições administrativas, técnicas, políticas e morais de governar nosso País?
Pergunte agora e responda com seu voto dia 2 de outubro.
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Josinaldo José de Barros (Cabeça)
Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região.
Diretoria Metalúrgicos em Ação
Email – josinaldo@metalurgico.org.br
Site – www.metalurgico.org.br