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segunda-feira, 14/10/2024

Normalização – Por João Guilherme Vargas Netto

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Tenho defendido a métrica da normalização para avaliar o efeito de quaisquer iniciativas, seja no âmbito político geral, seja na própria ação sindical.
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A medida de seu efeito normalizador é hoje o mais certeiro indicador da eficácia e da relevância da iniciativa tomada, o que contraria a passividade e o açodamento.
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Em defesa e ilustração desta tese recorro à sabedoria de Rui Barbosa, cuja morte completa agora 100 anos.
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Em 1893, em visita à Bahia, disse:

“Banir da República a inquietação e a instabilidade; tal, neste momento a maior preocupação minha, a preocupação de todos os que se empenham seriamente em tornar a República frutificativa e progressista”.

Banindo a inquietação e a instabilidade, passamos a ter as melhores condições de travar as lutas necessárias à “frutificação” de nossos interesses, que são os da maioria.

É o que tem procurado fazer, em sua ação sindical, o professor Celso Napolitano, presidente do Sindicato dos Professores da rede privada de São Paulo (Sinpro-SP) e presidente da Federação Estadual (Fepesp).

Conduzindo as campanhas salariais nos diversos níveis de ensino, junto a seus colegas diretores e advogados qualificados, com pautas e reivindicações aprovadas em assembleias pelos professores e obtendo sucessivas vitórias nas negociações e no âmbito judiciário, Celso tem procurado normalizar o padrão das relações sindicais com os representantes patronais, instando-os a aceitar o que já é consagrado por anos de avanços nos justos pleitos trabalhistas.

Essa conduta, ao mesmo tempo que unifica e congrega os professores e não abre mão da orientação progressista, procura convencer o patronato das vantagens de uma convivência madura e respeitosa, o que deve ser o normal entre categorias e instituições ligadas à Educação.

João Guilherme Vargas Netto – Consultor sindical de entidades de Trabalhadores e membro do Diap.

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João Guilherme
João Guilherme
Consultor sindical e membro do Diap. E-mail joguvane@uol.co.br

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