O que nos espera | Aos quem pensam que 2022 será apenas um ano de eleição presidencial, valem alertas, desagradáveis alertas.
1. O campo bolsonarista tem um núcleo duro, uma espécie de bunker político e eleitoral . Desse bunker emanam as manobras, os ataques e a distribuição de recursos.
2. O bolsonarismo tem base social, orientação internacional, controle de setores vitais do Estado, apoio do militarismo ativo e muito dinheiro.
3. O bolsonarismo tem força consolidada nas redes sociais, tem militância ativa e reativa, além do monitoramento de gente qualificada no Exterior.
E nós temos o quê? Temos razão. Mas razão nem sempre ganha eleições. E é isso o que nos espera.
Temos fragilidades e vacilamos. Por exemplo: na atual tragédia baiana não basta um twitter de Lula. Seria necessária uma orientação geral de engajamento do PT, movimentos sociais, forças políticas aliadas etc.
Nas redes sociais, não basta denunciar que Bolsonaro tira férias, enquanto o povo se lasca e regiões inteiras são devastadas.
Lula tem, com sua imensa capacidade, articulado por cima e falado, ocasionalmente, com os de baixo. É suficiente? Não parece.
Quem decide a eleição é a grande massa pobre. Parte dela ainda é bolsonarista. Urgente que o campo popular se aproxime dessa legião, com o discurso correto e os apoios concretos.
Portanto, não cante vitória muito cedo, não, nem mande flores pra cova do inimigo.
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