20.5 C
São Paulo
quinta-feira, 10/07/2025

O trabalho dignifica. Mas é uma questão difícil de ser encarada

Data:

Compartilhe:

Pois é, tive que ouvir: “deixe o homem trabalhar”, pra iniciar essa nossa conversa semanal. O trabalho político, em minha visão, é construir, na busca de resultados positivos, uma relação harmoniosa entre Capital e Trabalho.

Não pretendo fazer comparativos: você os fará. Mas levo em conta, apenas, os fatos mais recentes.

A MP 1.045 nasceu a fim de dar continuidade ao Auxílio Emergencial. Entretanto, quando chegou pra votação na Câmara, recebeu “jabutis”, a mando do Executivo, que desfiguraram o seu objetivo maior.

Tentou-se, mais uma vez, implantar a “Carteira Verde Amarela” – aquela que prega “menos direitos e mais emprego”. Em uma sessão iluminada, foi rejeitada pelo Senado.

O mesmo acontece agora, por exemplo, com as novas medidas (Decreto 10.854/21 e Portaria MTP 671/21), em que o grande objetivo é a retirada de direitos dos trabalhadores. Se, como dissemos anteriormente, há necessidade de harmonia entre Capital e Trabalho, parece que esse não é o objetivo do atual Executivo brasileiro.

Desde as coisas mais simples, como a valorização do salário mínimo, até a manutenção do Bolsa Família ou Renda Brasil, todas estão prestes a sofrer um desgaste operacional descontrolado.

O cuidado que temos que ter, no rico País chamado Brasil, é com gastos dos medalhões do poder. E isso, você sabe, eles não têm coragem de modificar.

A PEC 32, tida como Reforma Administrativa, atinge as ações sociais e os serviços públicos como Educação, Saúde, Segurança, entre outros, que nos atendem, o povo, o trabalhador e não os medalhões, que recebem valores assustadores em razão de “benefícios” por eles mesmos criados.

Tem que se ter mais respeito com o Trabalho e com quem trabalha. Nós geramos a riqueza deste País.

Salários baixos geram redução no poder de compra do Trabalhador, e isso muito afeta a nossa economia.

Ninguém impede ninguém de trabalhar. É que alguns não aprenderam a fazê-lo. Por isso, não conseguem colocar em prática.

Professor Oswaldo Augusto de Barros
Coordenador do FSTCNTEECFEPAAE

Acesse – https://fstsindical.com.br/novo/

Clique aqui e leia mais opiniões do professor Oswaldo

Conteúdo Relacionado

A entrevista de Barroso

O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do STF, em entrevista pela internet para a Folha (reproduzida no jornal impresso de 4/7) diminui, por exagero,...

O despertar de consciência de um povo adormecido – Eusébio Neto

Ao longo de nossa trajetória histórica, a população brasileira sempre permitiu, de maneira passiva, a exploração e o escárnio por parte da elite, denominada...

Garantir a regulação do setor elétrico no Brasil – Murilo Pinheiro

Corte orçamentário de R$ 38,6 milhões para o ano em curso prejudica funcionamento da Aneel, que anunciou a demissão de 145 funcionários e a...

Fortalecer a negociação coletiva tem futuro – Clemente Ganz Lúcio

Conquistar e proteger os salários, os direitos e as condições de trabalho é a atribuição primeira e uma atividade permanente dos sindicatos. Há no...

Menos e não mais deputados – Josinaldo José de Barros (Cabeça)

A partir da próxima legislatura, a Câmara de Deputados terá mais 18 deputados federais, subindo de 513 pra 531 o número de componentes.A próxima...