Em Guarulhos, quantas conversas e discussões tivemos por melhores condições de trabalho aos comerciários, seja em relação ao horário de funcionamento do comércio, à abertura aos domingos, ao transporte público, à construção de espaços de lazer aos trabalhadores e suas famílias, ao início da era dos shoppings etc.
No último século, nós, trabalhadores brasileiros, vimos de tudo, passamos por governos de esquerda, de centro, de direita, pelo período militar.
Se considerarmos apenas o período desde a Revolução de 1930, após a qual Getúlio Vargas ficou por 15 anos, vieram Gaspar Dutra, o próprio Getúlio, que permaneceu por mais três anos até se suicidar, Café Filho, Juscelino Kubitschek, Jânio Quadros, João Goulart, Castelo Branco, Costa e Silva, Médici, Geisel, Figueiredo, Sarney, Collor, Itamar, FHC, Lula, Dilma, Temer e, agora, Bolsonaro.
Nesse período, enfrentamos epidemias, golpes, renúncias, impeachments, confiscos, hiperinflação, tabelamentos, épocas de profundo desemprego, de falta de dinheiro, de falta de mercadorias, de peças, mas também tivemos períodos de gastança, de salários melhores, de muita oferta de emprego.
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Cada governo teve seu lado bom e ruim. Alguns foram piores do que outros, mas eles se foram e nós, Sindicatos e trabalhadores, ficamos.
Os trabalhadores e seus representantes, os Sindicatos, tiveram que dialogar com todos esses governos. Nunca foi uma conversa fácil, nenhum deles deu tudo o que pedimos, alguns foram mais flexíveis, outros menos, e isso nunca teve muito a ver com a posição político- ideológica deles.
De qualquer forma, passamos por eles, superamos as dificuldades. Aqui nos comerciários de Guarulhos e região, desde que o Sindicato foi fundado, há quase 60 anos, não foi diferente, inclusive em relação aos governos estaduais e prefeitos.
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Em Guarulhos, quantas conversas e discussões tivemos por melhores condições de trabalho aos comerciários, seja em relação ao horário de funcionamento do comércio, à abertura aos domingos, ao transporte público, à construção de espaços de lazer aos trabalhadores e suas famílias, ao início da era dos shoppings etc.
Lembramos das idas e vindas com prefeitos como Waldomiro Pompêo, Alfredo Nader, Jean Pierre, Néfi Tales, Oswaldo Carlos, Paschoal Thomeu, Papotto, Néfi Tales, Jovino Cândido, Elói Pieta, Almeida e, agora, Guti.
Nas outras cidades da nossa base o tipo de discussão foi o mesmo.
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A maioria das pessoas nem deve se lembrar de alguns desses presidentes ou prefeitos, porque eles, de esquerda ou de direita, passam, os comerciários ficam.
Por isso, venha o governo que vier, temos que estar preparados para nos adaptar e dialogar. Temos de estar conscientes de que, passados os quatro anos, continuaremos aqui, sobreviveremos mais fortes, porque conscientes da nossa posição.
Sabemos que devemos lutar por salários justos, distribuição de lucros, melhores condições de trabalho e por uma vida de mais qualidade à nossa família. Disso não abrimos mão em nome de nenhuma ideologia e de nenhum governo.
Que Deus nos ilumine e nos dê sabedoria pra conviver com os governantes que virão.
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