A Federação Única dos Petroleiros (FUP) entregou sexta, 11, a pauta de reivindicações da categoria às empresas do Sistema Petrobrás. Esse será o primeiro Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) a ser pactuado com a nova gestão. Data-base dos trabalhadores é 1º de setembro.
A categoria, composta por mais de 45 mil petroleiros, reivindica reposição da inflação de 4,5% (INPC), recomposição das perdas salariais (3,8%) e aumento real de 3%. A FUP também pleiteia: retomada de direitos retirados a partir de 2016, ampliação das conquistas e humanização das relações de trabalho.
Na entrega do documento à Petrobrás, os sindicalistas ressaltaram a grande expectativa em relação à reconstrução do ACT.
Deyvid Bacelar, coordenador-geral da FUP, afirma que parte da pauta já foi discutida nos Grupos de Trabalho paritários. Ele: “A empresa avançou em alguns pontos e se comprometeu a buscar soluções para outros durante a negociação”.
O dirigente lembra que a antecipação da reposição da inflação era prática da empresa nas campanhas anteriores a 2016. “Ela é fundamental para recompor o poder de compra dos trabalhadores, além de ser uma sinalização de boa-fé negocial”, afirma Bacelar.
Diálogo – Nas gestões anteriores, segundo Deyvid, houve um esvaziamento dos espaços negociais e desrespeito às entidades sindicais. “Valorizamos a mesa de negociação. Mas é preciso que haja respeito de ambas as partes, o que não ocorreu nas últimas campanhas”, afirmou o coordenador-geral da FUP.
Segundo Deyvid, nova gestão da Petrobrás tem apontado mudanças importantes nos rumos da empresa, mas é fundamental transformar o discurso em prática. É preciso virar a chave do desmonte, reconstruir a estatal e humanizar as relações de trabalho, valorizando o coletivo e não o individual. É isso que a categoria espera do novo ACT.
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