A Câmara dos Deputados aprovou na quarta (9) o Projeto de Lei 6.299/2002, conhecido como PL do Veneno. Ele prevê a legalização da produção de agrotóxicos genéricos no Brasil, e também flexibiliza os critérios de controle e de autorização destas substâncias.
Sustentado por deputados ruralistas, foram 301 votos a favor do projeto, 150 contra e duas abstenções. Agora, será devolvido ao Senado, de onde partiu o texto original, para uma nova análise.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag) promete seguir na luta para barrar o PL do Veneno. O presidente da entidade, Aristides Santos, afirma: “O povo precisa é de comida saudável e diversa, produzida pela Agricultura Familiar. Mais saúde para o País”.
Riscos – Sandra Paula Bonetti, secretária de Meio Ambiente da Contag, alerta que a aprovação da PL 6299 é um desrespeito com a humanidade, com a vida e com o planeta. “Mais agrotóxicos irão prejudicar espécies importantes para o equilíbrio da biodiversidade, contaminar a água, além de intoxicar e matar mais seres humanos que trabalham na produção usando diretamente esses bioquímicos ou os que consomem na alimentação”.
Recorde – O governo de Jair Bolsonaro (PL) em 2020 aprovou o uso de 493 agrotóxicos, número maior que em 2019, quando foram liberados 474. Em dois anos, desde que Tereza Cristina, ex-líder da bancada ruralista no Congresso Nacional assumiu o Ministério da Agricultura, 967 pesticidas foram aprovados.
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