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terça-feira, 20/05/2025

SindimotoSP confirma exploração e abusos contra entregadores

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Trabalhadores protestam por direitos, segurança e contra baixa remuneração

O Estado de São Paulo tem cerca de 500 mil motociclistas. Número cresceu durante a pandemia, devido ao aumento das entregas, especialmente de alimentos. Mas o pagamento por quilômetro rodado caiu, o que obriga a jornadas extenuantes – era de R$ 4,6 por quilômetro rodado, baixou pra 70 centavos.

Esse cenário é descrito por Gerson Silva Cunha, presidente do SindimotoSP. Ele falou terça (30) em live da Agência Sindical. “Esse trabalhador, aqui em São Paulo, roda mais de 60 quilômetros. Quando muito ganha R$ 60,00 ou R$ 70,00, mas numa jornada que pode chegar a 16 horas”.

Nesta quarta (1°), aconteceu protesto dos entregadores de aplicativos, num grande número de cidades.

PRINCIPAIS TRECHOS:

Protesto – “Nosso protesto é nacional. Em São Paulo e em muitos outros Estados. Vários municípios estarão na luta. Sairemos de cinco regiões até o Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região. Iremos pela avenida dos Bandeirantes, Marginal Pinheiros, subiremos a Rebouças e desceremos a Consolação até o TRT”.

Motivo – “Pedir agilidade nas ações civis públicas que esperam ser julgadas. Queremos que o Tribunal interceda por nossa categoria. A ação civil busca direitos e vínculo trabalhista. O Ministério Público identificou que os trabalhadores têm vínculo. As empresas de APPs se dizem intermediadoras de negócio, como a Eats, IFood, Rappi e outras. Mas são elas que colocam valores e ditam as regras”.

Cadastro – “O credenciamento do trabalhador é feito por meio de aplicativo. Em alguns dias, a plataforma é ativada e ele começa a sair pra rua. As empresas só pedem habilitação e documento da moto. Também exigem que a pessoa tenha celular e a motocicleta”.

Segurança – “No acidente, a responsabilidade seria do Aplicativo. Porém, nos últimos dois meses seis motociclistas perderam a perna. A empresa de APP largou os meninos no desamparo. O Instituto Lucy Montoro doou próteses. Já temos várias ações judiciais contra essas empresas”.

Ciclistas – “Só precisam preencher os dados e comprovar onde moram. Após isso, pedalar. Mas não recebem EPIs, como máscaras, capacetes e luvas. Eles não têm dinheiro pra comprar e acabam ficando expostos”.

Renda – “Hoje um motociclista faz média de R$ 60,00 e no máximo R$ 90,00 por dia. Roda mais de 60 quilômetros. Bem mais. Na bicicleta, o trabalhador tira de R$ 35,00 a R$ 60,00. Faz de 12 a 16 horas por dia, de domingo a domingo”.

Assista – Clique aqui e assista à live!

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