Em 2021, a geração de empregos formais cresceu, segundo os dados apresentados pela Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do Ministério do Trabalho. Em 31 de dezembro, o estoque de vagas era de 48.728.871, sendo 82,6% de celetistas e 17,4% de estatutários.
Em comparação com o ano anterior, houve crescimento de 5,39% de vagas ocupadas. Apesar disso, a renda média do trabalhador caiu. E esse é um movimento que ocorre desde 2017. Quem faz a observação é o supervisor-técnico do Dieese, Victor Pagani.
De acordo com Pagani, houve recuperação do emprego em relação a 2020, em todas as regiões e praticamente todos os setores. Apesar disso, a renda não acompanhou esse processo. “Em que pese o crescimento do emprego e o trabalhador estar mais escolarizado, a gente tem queda no rendimento. Essa queda ocorre desde 2017”, alerta o economista.
De 2020 para 2021, a retração na renda foi de 3,80%. Em valores, representa R$ 137,85 a menos. Considerando-se a mediana, metade dos empregados ganhava até R$ 1.995,00 por mês, menos que dois salários mínimos. Desde 2017, essa perda é de aproximadamente 6,5%.
Saída – Para Victor Pagani, a principal saída é retomar a política de valorização o salário mínimo. “E também rever aspectos da chamada reforma trabalhista, no sentido de fortalecer as entidades sindicais e valorizar as negociações coletivos, porque isso também tem como resultado uma melhora na remuneração dos trabalhadores”, explica o supervisor-técnico do Dieese.
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