Estados Unidos tem 600 mil mortos pela Covid-19; Brasil, chega neste final de semana a 500 mil mortes. População dos States, 328 milhões. Brasil, 212 milhões. Ou seja, já, já puxaremos a fila. Lá, a curva é descendente; aqui, ela sobe.

Neste período de pandemia, o presidente Bolsonaro deu shows no cercadinho, inaugurou obra pronta, bateu perna, passeou de moto, pulou no mar, fez propaganda de remédio impróprio, arrochou o salário mínimo, retardou a vacinação, agrediu nações aliadas, cortou o Auxílio Emergencial dos pobres… Governar que é bom, nada.

Eu não discuto opção sexual, religiosa ou ideológica. Mas não é possível que a Nação sofra tantas agressões sem que o Chefe de Estado seja questionado, impedido ou punido.
Até entendo o brado Fora, Bolsonaro. Mas é insuficiente. O combate a esse tipo de governo, e desmandos, só tem eficácia com mobilização nacional ampla, em todas as frentes legais e legítimas, com todos os que se oponham à irresponsabilidade, aos desmandos e à matança pela Covid-19.

Eu não criminalizo quem votou em Bolsonaro, por identificação com seu padrão, pelo antipetismo ou por acreditar num projeto atrasado. Entendo que, de um modo ou de outro, precisamos mostrar a eles que erraram e que, apoiados no mesmo ímpeto com que elegeram a barbárie, se engajem na pacificação nacional, no reerguimento do País, na defesa da democracia e no resgate da nossa soberania.

Somos um povo. Não somos um bando. Somos da justiça; não milicianos. Somos trabalhadores: queremos viver com dignidade e paz.

(João Franzin, Brasileiro, jornalista, microempresário, 64 anos de idade, 55 anos de trabalho, classe média, nacionalista, coordenador da Agência Sindical, fundada há 30 anos).