O Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (Seesp) reagiu ao que considerou um desrespeito aos empregados das companhias controladas pelo governo do Estado de São Paulo. Entre elas Sabesp, Cetesp, Metrô.
Em documento encaminhado ao Sindicato dia 26, a Comissão de Política Salarial (CPS) da Secretaria da Fazenda e Planejamento simplesmente informa que estão suspensas as negociações coletivas em 2020. O documento também anuncia que não prorrogará os acordos atualmente em vigor nas respectivas datas-bases (1º de maio e 1º de junho).
Segundo Murilo Pinheiro, presidente do Sindicato, é inadmissível a postura da Comissão de Política Salarial. Na opinião do dirigente, a atitude vai na contramão inclusive daquilo que o governo estadual tem defendido, que é a proteção das pessoas durante essa pandemia. “É completamente descabido querer deixar os empregados das companhias estaduais à deriva, desprotegidos, sem acordo coletivo. Estamos atuando para que essa postura seja revista”, ele critica.
A alegação para a medida é a contenção da pandemia da Covid-19. No entanto, o contexto torna ainda mais grave anunciar que os trabalhadores das empresas públicas do Estado poderão ficar – exatamente neste período de incertezas e emergência sanitária – sem cobertura da norma coletiva de trabalho.
“Isso implica não só a impossibilidade de reajuste salarial, mas a perda de direitos previstos no acordo em vigor, como benefícios diversos, muitos dos quais conquistas já históricas”, comenta Murilo.
O engenheiro avisa que o Sindicato atuará para manter o reconhecimento da data-base e a garantia dos direitos dos engenheiros.