Os Servidores das Carreiras e Atividades Típicas compõem um estamento qualificado para o Estado e à sociedade. Eles fazem o contraponto à força do mercado, que vê no aparelho estatal obstáculo na busca do lucro a todo custo.
Diversos na composição, os Servidores tentam se manter autônomos frente a governos e a preservar a dignidade das funções. Uma das manifestações dessa autonomia é a NOTA lançada por 11 entidades, dia 3 de agosto, na qual criticam a tentativa do governo de constranger o direito de expressão nas redes sociais e fichar supostos ativistas antifascistas.
Sobre esses temas, falou segunda (10), na live da Agência Sindical, o presidente da Confederação do setor, Antonio Carlos Fernandes de Lima Junior.
TRECHOS PRINCIPAIS:
Conacate – Ampla na composição e nacional na estrutura, a Confederação Nacional de Carreiras e Atividades Típicas do Estado reúne Federações das Assembleias Legislativas, das mais de cinco mil Câmaras Municipais, dos Tribunais de Contas, além de entidades dos Agentes da Polícia Federal, Polícia Rodoviária, Fiscos, Polícia Civil, entre outras.
Pauta – A Conacate é uma mesa das demandas que une e reúne. Não pautamos diferenças. Temos grupos específicos que debatem e definem o ponto de vista da Confederação.
Máquina pública – Quando saí do setor privado para uma subprefeitura, vi que a estrutura pública funciona e bem, ficando pior ou melhor conforme quem está no comando momentaneamente. Mas nem a nossa imensa capacidade de escolher mal os governantes coloca lá alguém capaz de destruí-la. A estrutura se protege, dá continuidade e estabilidade.
CGU – Nos sentimos atingidos por uma norma da Controladoria Geral da União, que permitia monitorar servidor público nas redes sociais pra verificar se havia contestação ao governo. Onze entidades assinaram Nota. A Conacate também entrou com ADI no Supremo.
Liberdade – A Constituição garante liberdade de expressão, assim como protocolos internacionais. Nenhum exclui servidores públicos desse direito.
Críticas – Outro ponto é o dossiê, divulgado pela imprensa, que reúne nomes de servidores antifascistas. Todo governo enfrenta críticas, é normal. O que não pode é haver perseguição. Aliás, nossa Constituição é antifascista.
Desmonte – Alguns setores miram as atividades essenciais ao Estado porque querem atingir o âmago. Então se adotou como método secar o entorno dessas carreiras e torná-las alvos.
Equilíbrio – O mercado tem a lógica do lucro máximo. Quando vê um problema social, quer se livrar. Mas está no DNA do Estado tentar resolver o mesmo problema. Dessa forma cria-se um equilíbrio. Há setores que não querem o Estado como regulador desse conflito natural, com foco no social. E a sociedade precisa ser alertada disso.
Estado – Garante a continuidade do atendimento à sociedade. É o guardião do bem-estar do cidadão, com equilíbrio entre os interesses do mercado e da sociedade.
Contato – E-mail administrativo@conacate.org.br e contato@conacate.org.br ou pelas redes sociais Facebook/conacate ou pelo site Conacate.
Live – Clique aqui e assista à entrevista na íntegra.