Sete Sindicatos da Alimentação filiaram-se à União Geral dos Trabalhadores em 30 de agosto. Agora, no Estado de SP, são nove filiados, que representam 120 mil trabalhadores.
As filiações apontam para uma Secretaria Nacional da Alimentação no âmbito da Central. Antes, os Sindicatos de Barretos e Colina já haviam se filiado.Os nove são Colina, Barretos, Capital e Grande SP, Santos, Cruzeiro, Guaratinguetá, Taubaté, Araras e Mococa.
Carlos Vicente de Oliveira (Carlão) preside o Sindicato de SP e Grande SP, base de 50 mil. Ele falou à Agência Sindical. PRINCIPAIS TRECHOS:
Empresas – “Nosso setor cresce. Os grandes grupos e empresas têm faturamento extraordinário, como BRF, Nestlé, Bunge, JBS e outras. Setor da Alimentação representa perto de 11% do PIB. Empregos, cerca de dois milhões”.
Salário – “Um dos problemas é o baixo salário. Também há muito desnível salarial de uma região pra outra. Nossa meta é buscar acordos e Convenções que garantam um padrão salarial, de benefícios e condições de trabalho”.
Esgotamento – “Ritmo de trabalho é puxado demais, gerando estresse extremo e esgotamento. Consequência é o aumento de doenças e problemas como depressão e síndrome de Burnout” – distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema e esgotamento físico resultantes de situações de trabalho desgastante.
Jornada – “Com o avanço tecnológico e da Inteligência Artificial (IA), jornada de 44 horas se tornou exagerada. Precisa ser reduzida”.
Escalas – “O setor pratica escalas como 6×2 e 6×1, que sacrificam o trabalhador, geram doenças e prejudicam a vida familiar. Pai e mãe não veem o filho crescer”.
Jovens – “A geração quer trabalhar, mas não no ritmo imposto pelas empresas. E muitos pais, que já passaram por isso, não querem seus filhos sob condições extenuantes e geradoras de doenças físicas e psicológicas”.
MAIS – Site da Fitiasp.