O Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Sindpesp) vai acionar a Justiça para defender os direitos dos policiais paulistas contra o decreto 64.937/20, publicado segunda (13) pelo governador João Doria.
O decreto impõe medidas visando a redução de despesas com pessoal e encargos sociais durante a vigência do estado de calamidade pública decorrente da pandemia da Covid-19.
À Agência Sindical, a delegada Raquel Gallinati, presidente do Sindicato, avalia que a medida é injusta com o segmento. “Quando foram decretadas as medidas pra resguardar a saúde das categorias profissionais, inclusive servidores, os policiais não foram incluídos, porque a segurança pública é um setor fundamental. Agora, na hora de suspender benefícios, a polícia passa a ser considerada uma atividade comum”, explica Raquel.
Segundo a dirigente, o governador demonstra falta de reconhecimento pelo trabalho realizado pelos policiais civis. “As medidas desestimulam os agentes, que, além de expostos ao contágio, lutam contra a falta de pessoal e de estrutura nas unidades policiais da capital e dos municípios”, destaca Raquel.
Entre as medidas anunciadas, estão a proibição de recebimento de um terço da licença-prêmio em pecúnia, antecipação de 13º salário e a suspensão do pagamento de um terço das férias em dinheiro.
“Cobramos coerência. Os servidores da segurança foram equiparados aos da saúde nas regras para a quarentena. Nada mais justo que essa equiparação fosse mantida no decreto que limita os benefícios”, completa Raquel.
Mais – Acesse o site do Sindpesp.